RESUMO

A pesquisa em curso está sendo realizada de forma autônoma, tendo como fundamento a discussão sobre a regulamentação dos meios de comunicação como forma de fomento à democracia e à participação social. Primeiramente se deve destacar a capacidade do poder de influência da mídia na condução da opinião pública, potencializada pelo avanço desenfreado do mercado tecnológico. Entretanto, o monopólio dos principais meios de comunicação aberta por alguns grupos econômicos pode colocar em risco o interesse público, dificultando a execução de uma democracia plena, na qual é imprescindível a diversidade de fontes de informação. Uma alternativa interessante surgiu na Argentina com a Ley de Medios, ao limitar o regime de concessões para um mesmo grupo econômico, ao favorecer o surgimento de meios de comunicação comunitários, e estabelecer regras de responsabilização pela veiculação de informações falsas. Sendo assim, se objetiva com o presente estudo contribuir para um novo modelo regulamentador do setor das comunicações como instrumento de garantia e fomento à democracia, sem, de forma alguma, atentar contra a liberdade de expressão. Neste sentido, analisar-se-á a Ley de Medios, quanto a suas conquistas e eventuais defeitos ou lacunas. Diante da referida problematização, busca-se através do método dialético, com base na doutrina, lei e artigos, estudar um novo marco legal para regulamentação da mídia no Brasil, tendo como referência o modelo argentino recentemente promulgado. Inicialmente, está sendo realizada uma pesquisa sobre a importância da mídia como ferramenta de informação e, portanto, de desenvolvimento democrático. Em seguida, será ponderada a atual conjuntura da mídia no Brasil, tendo como enfoque o monopólio de quatro grandes grupos de comunicação na difusão da informação no Brasil. Tendo em vista a situação apresentada, será analisada a Ley de Medios argentina bem como suas repercussões e projeções para o futuro. Tal investigação irá abarcar a necessidade da regulamentação da mídia no Brasil e os efeitos que à Ley de Medios argentina poderia surtir. As fontes da pesquisa incluirão doutrina nacional e comparada, sempre a partir de uma forte perspectiva crítica e interdisciplinar. Os estudos estão em curso, mas algumas conclusões e resultados já podem ser expostos. Conforme o direcionamento dado ao projeto, explicitou-se a necessidade de uma mídia diversificada e independente como instrumento de desenvolvimento da democracia. Assim, a fragmentação do monopólio midiático, aliado a valorização e difusão das formas antes excluídas e postas em segundo plano, surgem como alternativa. Dessa forma, ao analisar a execução da Ley de Medios argentina bem como os seus efeitos, será possível estabelecer um novo marco regulatório para a mídia no Brasil, de modo a torná-la um ambiente em que o poder econômico perca gradualmente sua influência, passando a se tornar um verdadeiro instrumento cultural e democrático.

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