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Recepção: 28 Maio 2019
Aprovação: 27 Julho 2019
URL: http://portal.amelica.org/ameli/jatsRepo/437/4371991005/index.html
DOI: https://doi.org/10.26571/REAMEC.a2019.v7.n2.p91-108.i8439
Resumo: O Ministério da Educação em parceria com o Ministério de Meio ambiente, em 2003, dá um passo importante para Educação Ambiental com a criação dos conselhos jovens, e posteriormente com os coletivos jovens, Grupo de ação e formação de juventude nos estados brasileiros e com articulação nacional. A presente pesquisa tem como objetivo analisar a concepção e o papel de sujeito ecológico em um movimento de jovens ambientalistas, e no que a atuação nesse movimento contribui para sua formação como sujeitos ecológicos. A pesquisa foi realizada com o Coletivo Jovem de Meio Ambiente do Pará, composto por 25 membros. Quanto aos procedimentos metodológicos a pesquisa é de cunho qualitativa, como instrumento de pesquisa utilizou-se questionários semiestruturados com 10 membros do coletivo, e para tratamento dos dados optou-se por uma análise interpretativa. Observou-se como a atuação no coletivo tem contribuído para formação de sujeitos ecológicos que se fazem na prática e de forma constante, criando uma identidade para o grupo e membros.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Juventude, Sujeito Ecológico.
Abstract: The Ministry of Education, in partnership with the Ministry of the Environment, in 2003, takes an important step towards environmental education with the creation of youth councils, and later with youth groups. Group of action and formation of youth in the Brazilian States and with national articulation. The present research aims at. Its objective is to analyze the conception and the role of ecological subject in a movement of young environmentalists, and in what the action in this movement contributes to its formation as ecological subjects. Held with the youth collective of environment of Pará. As for the methodological procedures, the research is qualitative, as a research instrument, questionnaires were used, and for the treatment of the data an interpretative analysis was chosen. It was observed how the performance in the collective has contributed to the formation of “sujeitos ecológicos” that are done in practice and in a constant way, creating an identity for the group and members.
Keywords: Environmental Education, Youth, Sujeito Ecológico.
1. INTRODUÇÃO
Na sociedade as relações sociais giram em volta do capital, e baseia-se em modelo de globalização que visa: o desenvolvimento tecnológico e industrial, o lucro exacerbado, a alta produtividade e o consumismo irresponsável desde a revolução industrial. Esse modelo de desenvolvimento gera a exploração de recursos naturais e consequentemente a degradação em massa de muitos ecossistemas da terra. Como ressalta, Silva e Ferreira (2014 p. 5) “a problemática não está no uso, e sim na exploração indiscriminada, objetivando somente a obtenção de lucro e sem pensar nas futuras gerações.” Esse modo descontrolado de consumo, gera desiquilíbrios no meio ambiente, que já estão sendo vistos, sentidos e vivenciados com preocupação por parte da sociedade através da crise ambiental.
Visto assim, há a necessidade que a sociedade saia da sua zona de conforto e se mobilize a favor do ambiente que ocupa. Deveria ser de praxe, de todo indivíduo, tomar para si, meios que levem a transformação e melhoria do meio ambiente, de seu bem-estar, da sua comunidade e até mesmo do mundo. O que me motiva nessa pesquisa é justamente a reflexão dos sujeitos participantes, como indivíduos ecologicamente diferenciados. No que diz respeito ao seu envolvimento e iniciativa de transformar o quadro vivido atualmente pela sociedade.
A balança entre os interesses da sociedade e a manutenção da natureza, não podem pesar somente para um lado, é necessária uma estabilidade, um equilíbrio entre a exploração dos recursos naturais e a capacidade de suporte do Planeta. Visto que “o mundo contra o qual a crítica ecológica se levanta é aquele organizado sobre a acumulação de bens materiais, no qual vale mais ter do que ser” (CARVALHO, 2008, p. 68).
Desse modo, é imprescindível a aplicação da Educação Ambiental (EA), através de uma análise mais ampla e crítica acerca do importante papel da sociedade como sujeito ecológico e constituinte fundamental das relações sociedade-natureza, para desacelerar o processo de degradação atual e gerar um ser ecologicamente correto. Segundo Silva (p. 04, 2012), “A EA apresenta-se como um elemento indispensável para a transformação da consciência ambiental e pode levar à mudança de valores e comportamentos”. A EA, segundo Carvalho (2008, p. 51):
Surge da preocupação da sociedade com o futuro da vida e com a qualidade da existência da presente e das futuras gerações. Neste sentido, podemos dizer que a EA é herdeira direta do debate ecológico e está entre as alternativas que visam construir novas maneiras de os grupos sociais se relacionarem com o meio ambiente.
Sendo de extrema importância, essa relação de proximidade da sociedade com o meio. Sendo esta conexão entre ambas, força motriz para um proposito maior, que é aflorar nos sujeitos, um ser mais consciente e conectado com o ambiente que está a sua volta. Dessa forma “A EA atua como um importante mecanismo de implementação das discussões ambientais, contribuindo na composição da figura do sujeito ecológico e buscando envolver pessoas na prática da preservação ambiental.” (OLIVEIRA; SILVA, 2013, p. 2).
O projeto surge a partir de questionamentos feitos durante vivência em um movimento social, que realiza atividades de cunho socioambientais, com a participação de jovens atentos aos problemas ambientais locais e globais, a partir de sensibilização da sociedade através da EA. Com uma educação que “estimula a formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas que conservam entre si relação de interdependência e diversidade” (SENADO FEDERAL, 2005, p. 16), é que de fato, os indivíduos tomarão para si, a responsabilidade com a natureza e o meio ambiente que o cerca.
Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo: Analisar a concepção e o papel de sujeito ecológico em um movimento de jovens ambientalistas, o Coletivo Jovem de Meio Ambiente Pará.
2. A FORMAÇÃO DO SUJEITO ECOLÓGICO
De acordo com Carvalho (2010, p.01) “O sujeito ecológico, em poucas palavras, é um modo de ser relacionado à adoção de um estilo de vida ecologicamente orientado. Trata-se de um conceito que dá nome àqueles aspectos da vida psíquica e social que são orientados por valores ecológicos.” O sujeito ecológico detém uma “identidade que é resultado de diversos fatores e influências que envolvem o ser diariamente, onde cada um processa de uma forma diferente, podendo trazer consigo reflexos desta sociedade que age de forma constante.” (SILVA, FERREIRA, 2014, p. 9). De modo que, esse sujeito assume uma conduta distinta de se relacionar com o meio que está inserido, se preocupando, tendo orientações, atitudes e decisões ecológicas, que influenciam diretamente no seu modo de vida e agir com o ambiente.
Dessa maneira, "a compreensão da importância do ato de proteger, respeitar e preservar o meio ambiente e da construção de uma postura e de um sujeito ecológico advém, em primeira estância, da educação, particularmente da EA” (OLIVEIRA, SILVA, 2013, p. 7). Por essa razão, é tão importante agregar a EA nos mais diversos discursos, atitudes e ações a favor de um ambiente mais equilibrado, visto que é um princípio básico da forma de agir dos indivíduos, sendo capaz de delinear o rumo de vida dos sujeitos ecológicos.
Como ratifica Silva, Ferreira (2014, p. 5) “o sujeito ecológico se constrói socialmente, a fim de mostrar as mentalidades, onde ele atua de uma forma em determinado lugar, que lhe coloca determinado posicionamento”. Assim, faz-se necessário destacar que a composição desse sujeito ecológico acontece durante toda sua vida, através das suas vivências, experiências cotidianas e envolvimento com o meio ambiente.
Deste modo é de fundamental relevância considerar “o ambiente em seus múltiplos aspectos: natural, tecnológico, social, econômico, político, histórico, cultural, moral, ético e estético” (MARCATTO, 2002, p. 18). Visto que esse ambiente também deve ser pensado e observado por uma magnitude de particularidade para abrangência, tanto pela perspectiva local, regional e global.
Carvalho (2013), ainda ressalta que, “esse processo pode ser pensado nos termos de uma incorporação por indivíduos e grupos sociais de certo campo de crenças e valores compartilhados socialmente, que passa a ser vivida como convicção pessoal, definindo escolhas, estilos e sensibilidades éticas e estéticas”. Assim, percebemos que o indivíduo toma esse processo de formação como ação norteadora da sua vida. Logo, esse sujeito ecológico, possui um estilo de vida que o difere dos demais sujeitos. Vindo assim, destacar o papel primordial que esses sujeitos exercem na relação sociedade e natureza e o equilíbrio necessário entre ambas.
Assim, esse sujeito ecológico caracteriza-se por indivíduos que possuem um ideário ecológico. Esse ideário nada mais é, que um conjunto de ideias, aspirações, desejos e metas, construídos e desenvolvidos a todo momento da vida dos sujeitos. Forma-se de maneira gradual, orienta um estilo de vida, uma certeza pessoal e moral. É um sujeito que toma para si uma postura de mudança individual e coletiva, em uma tendência ecológica e crítica. Ele torna-se uma referência, um modelo a ser seguido pelos demais. De forma que consegue influenciar através do seu posicionamento outros sujeitos.
A partir desse contexto, fez-se necessária estabelecer a relação do sujeito como esse ser ecológico. Esse sujeito diferenciado que se aflige, se enxerga e se sente parte do ambiente em que ele vive e constrói suas relações, com o compromisso herdado de ser peça fundamental para a preservação do meio ambiente. A fim de compreender seu modo de pensar e se posicionar a frente das inúmeras situações enfrentadas no seu dia-a-dia como um sujeito ecologicamente diferenciado dos demais.
3. O COLETIVO JOVEM DE MEIO AMBIENTE
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Ministério da Educação (MEC) (BRASIL, 2006, p. 24) aferem que “entende-se por Coletivos Jovens de Meio Ambiente (CJs), grupos informais que reúnem jovens representantes, que podem ser ou não de organizações e movimentos de juventude e que tenham como objetivo, o envolvimento com a questão ambiental.” Almejando sempre o protagonismo das juventudes e a junção de esforços para formar, mobilizar, fortalecer, articular e apoiar os movimentos dos CJs pelo Brasil.
O CJ é uma iniciativa criada a partir dos processos de Conferências Nacionais de Meio Ambiente, desenvolvidas pelos MMA e o MEC, para mobilizar jovens e fortalecer o movimento da juventude em função da causa ambiental (BRASIL, 2005). O movimento surgiu como forma de integrar as juventudes no processo de construção da primeira Conferência Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), realizada no ano de 2003 por meio do Programa “Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas”. (KASSIADOU, SÁNCHEZ, 2013 apud BRASIL, 2004, p. 3).
Inicialmente o movimento foi denominado de Conselhos Jovens. Foi somente após a I CNIJMA, que de fato, com o estabelecimento do movimento, que se intitulou o nome de Coletivo Jovens (CJs).
“Os CJs tinham a proposta de serem grupos informais de jovens para atuarem como parceiros da organização e mobilização das escolas para a Conferência Infanto-Juvenil. Foram criados 27 CJs, um em cada unidade federativa, com participantes entre 15 e 29 anos” (BRASIL, 2007, p. 38). Como os grupos são constituídos de jovens para jovens, o CJs estão sempre se renovando, mas nunca perdendo sua principal essência que é o protagonismo juvenil.
Desse modo, segundo o MMA, MEC (BRASIL, 2006, p. 24-25) foram instituídos três princípios que orientam a atuação desses Coletivos Jovens: Jovem educa Jovem (jovens aprendem com outros jovens, junto de suas experiências de vida e saberes); Jovem escolhe Jovem (demarca-se que são os próprios jovens os mais indicados para tomarem decisões relativas aos processos de escolha, sem a interferência de indivíduos e ou organizações do chamado mundo adulto) e Uma geração aprende com a outra (todas as gerações que passaram pelos CJs, terão algo para ensinar e aprender umas com as outras estabelecendo uma relação mútua de troca).
MMA/MEC (BRASIL, 2005, p. 10) “A ideia desses Coletivos Jovens foi e vem se configurando num interessante processo de estímulo ao envolvimento e à organização de jovens num processo de engajamento e atuação junto às questões socioambientais”. Além de incluir as pessoas que já trabalham no espaço ecossistêmico, os CJs proporcionam e abrem espaço para a entrada de novos jovens no processo, como aqueles que já ouviram falar sobre meio ambiente, mas que ainda não sabem como se engajar em prol do mesmo.
Os CJs têm como finalidade fortalecer a juventude de forma coletiva. Abraçando os temas de âmbitos ambientais e assim promover práticas e ações associadas à melhora do ambiente e ao bem-estar da sociedade. Sempre somando e agregando ideias que se alinham em busca de um propósito comum, a fim de intensificar a fala juvenil e seu poder de transformação na sociedade.
Esses coletivos são como redes locais, para articular pessoas e organizações, circular informação de forma ágil, pensar criticamente o mundo a partir da sustentabilidade, planejar e desenvolver ações e projetos, produzir e disseminar propostas, que apontem para sociedades mais justas e equitativas, dentre outras ações e realizações. (BRASIL, 2006, p. 24).
Os jovens do CJs operam de maneira unida, a partir de causas ambientais, assim como atos estratégicos para a propagação da EA, conforme a asserção do pensar “global e agir local”. Ser CJ, faz com que os indivíduos vivam experiências que os levam a pertencer ao espaço, a se reconhecer, e a se redefinir de uma maneira mais engajada e entusiasmada. Sempre passando por um processo de estímulo e envolvimento dos jovens participantes do grupo, objetivando uma atuação mais organizada e estratégica.
Os CJs são regidos por uma carta de princípios que foi construída coletivamente em parceria com os CJs das diversas regiões do Brasil. Com a carta esses jovens norteiam suas atitudes e se permitem “viajar no mundo dos limites e das possibilidades, marcando-as com rituais e vivências de imaginação, de tempo, de espaço, rotina, constância, planejamento, registro e avaliação que envolve a construção do grupo, das identidades, do nosso pulsar, de nossa vida”(CARTA DE PRINCIPIOS DO CJ, s/d, s/p).
Carvalho (2004, p.18) ressalta que “são diversos os caminhos pelos quais os jovens podem se aproximar dos valores ecológicos, identificando-se em diferentes níveis com os ideais do sujeito ecológico, uma vez que não se trata de uma identidade totalizante.” Essa proximidade dos princípios ambientais, pode assumir, de forma não exclusiva, as linhas de união à uma luta, a uma atitude, a um meio de viver e a um interesse intelectual e pessoal.
A consolidação dos CJs é fundamental, visto que o pensar em coletivo, estimula e abre possibilidades ainda maiores de compreensão da temática socioambiental de um modo mais intenso e variado, fortalecendo e estimulando as várias formas de atuação em prol do tema através de uma juventude engajada e participativa. Sempre partindo do ponto de que a temática socioambiental se configura numa discussão universal e recente, mas também circunda perspectivas diferentes e diversas vezes paradoxais e conflituosas.
4. O COLETIVO JOVEM DE MEIO AMBIENTE DO ESTADO DO PARÁ
Caracterizado por ser um grupo bem ativo, articulado e comprometido com as demandas que lhe são propostas. É composto por membros aliados e empenhados com a transformação e melhoria do ambiente. O CJ/PA possui uma trajetória composta por envolvimento e entrega dos delegados como assim são conhecidos os membros, logo percebesse que são unidos por convicções comuns. Possuem uma relação de amizade e fraternidade que pesa fortemente na atuação do grupo.
O Coletivo possui bastante representatividade e visibilidade no Estado, são jovens que conseguem influenciar positivamente a comunidade. Continuamente são convidados pelos mais diversos órgãos, instituições públicas e privadas para facilitação, mediação, exposição, palestras e oficinas que demandam conhecimento e engajamento socioambiental. Os jovens encaram de frente suas concepções e colocam em prática nas suas atividades. Desse modo, as inúmeras ações realizadas pelo grupo envolvem sempre a parceria da maior parte do grupo.
O CJ/PA possui alguns projetos como o “Ilhas solares”, que consiste na propagação ao conhecimento da energia solar, como energia limpa e renovável, em escolas e comunidades ribeirinhas, localizadas ao longo das ilhas próximas da grande Belém-PA. Projeto que atendeu diversas ilhas próximas a região metropolitana de Belém, e em locais públicos na própria cidade. Projeto financiado pelo fundo de inovação da Organização Não Governamental Greenpeace, através da exposição de materiais solares e atividades lúdicas e educativas figura 1.
Com esse projeto, o grupo recebeu o Prêmio Jovem Brasileiro na categoria Meio Ambiente em São Paulo, cedido pela OAK Educação e Meio Ambiente, com apoio da VEVO. A iniciativa premia os jovens que mais se destacam na sua área em nível nacional, incentivando e reconhecendo o empenho e o protagonismo da juventude na sociedade.
Também em 2016, a convite da Associação de Biólogos no Pará – ABIOPA, o CJ/PA participou da programação da 11ª edição do Projeto Circular. O grupo fez uma exposição de materiais solares, assim dando destaque para energias limpas e renováveis. Também trabalhou a importância da reutilização de resíduos sólidos e a necessidade da diminuição de consumo e produção excessiva de resíduos, figura 2.
5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Foi realizado um levantamento bibliográfico e documental, visando a busca de informações e embasamento empírico para a discussão do tema a ser analisado, através de leituras de artigos, relatórios e estudos de caso (SEVERINO, 2014; MARCONI; LAKATOS, 2003). Pesquisa com base em uma abordagem qualitativa (SEVERINO, 2014, p. 197), pois o processo abordado e seu significado foram analisados neste estudo, sendo a pesquisa, do ponto de vista dos objetivos, explicativa (SEVERINO, loc. cit.). Como instrumento de pesquisa utilizou-se questionários semiabertos com parâmetro de Carmo; Ferreira (2008). Para análise desses dados utilizou-se Creswell e Clark (2013) na interpretação dos dados. Pois possibilitam o diálogo entre as falas dos entrevistados e o referencial teórico utilizado, entrelaçando o arcabouço teórico e dados empíricos.
A pesquisa foi realizada com os membros do CJ Pará, que se reúnem uma vez ao mês, sempre no primeiro sábado do mês no turno da tarde. Esses encontros ocorrem mais de uma vez, quando o Coletivo recebe muitos convites para a mediação e a realização de ações, palestras e eventos de cunho socioambientais. Sendo necessária essas reuniões para um melhor planejamento e organização das atividades. Os membros que integram o Coletivo, possuem as mais diversas faixas etárias, são estudantes dos mais diversos cursos de graduação e possuem variada formação acadêmica. No grupo participam membros de licenciatura em ciências biológicas (graduandos e graduados); pedagogia, museologia, enfermagem, fisioterapia, dentre outros. Mesmo que de forma aparente, os membros de outras formações, não consideradas ambientais, participam do grupo e formam um escopo importante da pesquisa, pois trabalham com temas diretamente ligados ao ensino de ciências e a educação ambiental escolar.
A pesquisa aconteceu por meio de entrevistas, usando como parâmetro circunscrito para a realização do estudo, que seriam os membros que estão no mínimo à 1 (um) ano no grupo e trabalham com os temas educação ambiental e/ou ensino de ciências. Apesar de 25 membros integrantes, somente 10 desses participaram do levantamento de dados, por razão do recorte metodológico supramencionado. Assim, contribuíram os jovens que possuem assiduidade, efetividade e engajamento nas reuniões e posteriormente, nas ações articuladas e efetuadas. Ou seja, os integrantes constituem um grupo diferenciado por conta do tempo investido em sua trajetória, e que vem sendo delineado por uma identidade inerente ao longo da sua participação no movimento.
Os critérios mencionados no perfil, foram necessários para compreender o papel de sujeitos ecológicos dos membros participantes, já que como o grupo é grande em número de integrantes, sempre há uma certa rotatividade no que diz respeito a entrada e saída de membros. Contudo, há componentes que estão desde a reativação do Coletivo Jovem no Pará em 2014, e é necessária uma análise bem precisa sobre toda a atuação e trajetória desse membro mais antigo dentro do Coletivo. Visto que esse membro já entende os princípios e reflete no seu discurso e na sua prática, como jovem engajado nas questões do meio que está a sua volta e na sua formação como sujeito. Todos os membros que se disponibilizarem a participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Desse modo, foi aplicado um questionário semiaberto com 10 participante que atendiam o recorte metodológico. Os entrevistados foram enumerados de 1 a 10 para identificação e assim serão mencionados durante a análise. Este foi composto por 10 questões (abertas e fechadas) e aplicado de modo individual com cada sujeito, no local das próprias reuniões do grupo. As entrevistas para o levantamento de dados ocorreram durante dois meses.
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As entrevistas que ocorreram ao longo da pesquisa, foram os elementos essenciais e de extrema importância na análise do retrato dos membros. A partir das respostas obtidas, pode-se traçar um caminho sobre o perfil dos jovens participantes e suas posteriores formações como sujeitos ecológicos. O questionário buscou entender este perfil dos membros do movimento, seus interesses, experiências no coletivo e como estas experiências se relacionam com a perspectiva de sujeitos ecológicos.
Quando perguntados sobre como a participação no coletivo tem mudado a forma de ver e viver o mundo, observa-se:
Com certeza, a gente aprende a colocar nossas ideias, projetos e refletindo de que forma mudar e melhorar a realidade [...] (Entrevistado 2).
Com as viagens e estando em contato direto com as pessoas (Entrevistado 6).
Conhecendo pessoas novas, viagens, projetos e agentes transformadores (Entrevistado 8).
Com a formação e oficinas (Entrevistado 9).
Estas falas remetem um pouco, no funcionamento da organização, e como a forma de ser, de fazer e de entender o mundo impactam seus próprios membros. Assim como expresso por Demerval Saviani (2013, p. 6), quando reitera que “o ato educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto de homens”. O CJ/PA realiza formações internas de como funciona seus princípios e os temas de atuação. Os integrantes têm a liberdade de propor projetos e ações na comunidade. Diversos membros constroem estes projetos pensando na realidade do seu bairro, escola, dentre outros, como relatam as entrevistas 2 e 9.
Carvalho (2008, p. 24) ressalta que “enquanto ação educativa, a EA tem sido importante mediadora entre a esfera educacional, e o campo ambiental, [...] produzindo reflexões, concepções, métodos e experiências que visam construir novas bases de conhecimento e valores ecológicos”. A partir das entrevistas mencionadas, percebe-se que esses valores são inerentes desses indivíduos, que constroem a partir deles, pensamentos e atitudes que compõem o seu modo de ser.
O grupo tem oportunidade de realizar viagens ao interior e em outros estados do Brasil, falando um pouco de sua história ou realizando oficinas com outros jovens, o que realça nas entrevistas 6 e 8. Essas viagens permitem que a troca de experiências entre os jovens aconteça de forma real e construtiva. Já que a premissa dos Cjs é essa relação contínua de formação do jovem, sendo força de integração e permuta para com outros jovens. São mais que simples viagens, são meios de narrativas, vivências e práticas de contato diferentes do seu cotidiano. São oportunidades que envolvem a reflexão do seu próprio modo de atuação e envolvimento, unindo aspirações coletivas. Amplia-se a visão de micro para macro em uma perspectiva de empenho na forma de ver e vier o mundo.
Observou-se que a maioria dos membros é da área de licenciatura em ciências biológicas, o que possibilitou um maior contato com o público escolar, que hoje, são o foco de suas principais ações. Tentando mapear qual a motivação de permanecer no grupo, encontra-se:
Poder continuar as ações e levar para a população os benefícios da sustentabilidade (Entrevistado 9).
O companheirismo do grupo (Entrevistado 8).
Quer ser parte da solução (Entrevistado 7).
Tentar fazer parte da diferença na comunidade (Entrevistado 5).
Atuar na área ambiental da educação, podendo fazer ainda mais pelo meio ambiente (Entrevistado 2).
Carvalho (2008, p. 65) anuncia que “o ideal a ser e viver num mundo ecológico vai se constituindo como um parâmetro orientador das decisões e escolhas de vida que os ecologistas, os educadores ambientais e as pessoas que aderem a esses ideais vão assumindo e incorporado”. Procura-se agregar na sua percepção de vida, condutas e hábitos ecologicamente corretos. Assim como na sua bagagem educacional e formativa, como inferem as entrevistas 2, 5 e 9.
Acompanhando as reuniões, o grupo sempre se considera uma “família”, presente na fala de quase todos os membros, com a frequência nas ações e reuniões, muitos tornaram-se amigos, o que fortalece o laço de companheirismo do grupo como citado na entrevista 8. Os membros entendem a importância de suas ações e consideram, como supramencionado nas entrevistas, que continuar as ações e observar que fazem a diferença na comunidade, é um grande motivador para permanecer no coletivo.
Com relação as experiências e vivências que foram proporcionadas pelo CJ/PA e as que mais marcaram de forma pessoal, constatou-se:
O projeto ilhas solares em Marudá com certeza (Entrevistado 1).
O Ilhas em Marudá (Entrevistado 5).
A viagem para Limoeiro do Ajurú, aprendi e ensinei (Entrevistado 6).
Ação na escola de Benevides, teve atenção das pessoas (Entrevistado 7).
O projeto ilhas solares foi um projeto financiado pela Organização Não Governamental Greenpeace, que disponibilizou formação e materiais aos membros do coletivo, o projeto versa sobre energia solar fotovoltaica nas ilhas próximas região metropolitana de Belém do Pará (SEABRA et al, 2017), realizando oficinas de forno e fogão solar com os estudantes da escola públicas, com base na metodologia de Oliveira; Palheta; Brasil (2017) e Palheta et al. (2016). O projeto ocorreu em várias ilhas, mas foi destacado pelos entrevistados 1 e 5 o que ocorreu na cidade de Marudá no interior do Estado.
A viagem de Limoeiro do Ajurú, citado na entrevista 6, ocorreu a convite do Museu Paraense Emílio Goeldi, por meio de sua Secretaria de Educação e Extensão Cultural, que trabalha com educação ambiental e divulgação científica na Amazônia. Que na ocasião, permite todos os anos a realização de atividades do coletivo nas escolas públicas da cidade. A ação mencionada na entrevista 7, foi uma parceria com uma escola pública na cidade de Benevides, sobre atuação de jovens e educação ambiental, que oportunizou a mentoria de projetos ambientais desenvolvidos por alunos da escola, sob orientação dos membros do CJ/PA.
Carvalho (2008, p. 69) afirma que “contribuir para a constituição de uma atitude ecológica caracteriza a principal aspiração da EA”. Dessa forma, entende-se que esta proposta perpassa integralmente pelo movimento que o tem como sua missão. O CJ/PA constitui um propósito ecológico e característico de desenvolvimento e formação de sujeitos. “Assim, a existência de um sujeito ecológico põe em evidência não apenas um modo de ser, mas sobretudo a possibilidade de um mundo transformado, compatível com esse ideal (CARVALHO, 2008, p. 69).
7. CONSIDERAÇÕES
Percebeu-se que a formação constante proporcionada no CJ/PA, pauta a trajetória dos membros, dentro e fora do Coletivo. Há uma consonância nas histórias até então vividas. O movimento une ideais, vontades e sonhos coletivos. Em uma perspectiva que os integrantes do grupo se sentem mobilizados na mudança de realidade, como coloca Saviani (2013, p. 49) “que a objetividade do saber não é sinônimo de neutralidade”. Ou seja, é necessário o saber agregado a iniciativa de saída da sua zona de acomodação para a transformação de qualquer realidade vivida.
Os jovens almejam uma sociedade mais consciente e sustentável e trabalham em prol desse objetivo, partindo do princípio de que cada um pode fazer parte da solução da problemática socioambiental atual. É possível observar a autonomia e unidade nos membros. Os jovens possuem em suas falas e condutas, princípios que movem as suas formas de se posicionar perante o ambiente que está a sua volta. Reconhecendo que a partir da atitude de cada um, a diferença pode acontecer.
Logo, sempre procuram ajustar da melhor forma seus compromissos, trabalhos e estudos para estarem participando diretamente da construção da sociedade que almejam. Essa juventude é unida por convicções comuns. Possuem uma relação de amizade e fraternidade que pesa fortemente na atuação e trajetória do grupo. As falas são sempre carregadas de certeza e empoderamento de que o percurso até a concretização dos seus ideais, de uma sociedade mais preocupada, sensibilizada e consciente sobre a sustentabilidade, é possível de ser construída. Que a EA é uma via necessária para que esses princípios sejam concretizados. E que a constante busca por um ideal ou um estilo de vida visto como ecológico, seja o preceito da sociedade desejada por esses sujeitos.
Em vista disso, os participantes da pesquisa sentem-se indivíduos diferenciados por fazerem parte do movimento e terem a composição da sua identidade sendo formada e agregada ao mesmo tempo. A vontade e iniciativa de fazer mais pelo meio ambiente vão além de mudanças simples de hábitos. Entende-se aqui, uma postura, um compromisso e responsabilidades que estão inerentes nesses sujeitos. Ou seja, esses indivíduos fazem parte de um movimento de mudança de perspectiva da sociedade e do meio ambiente em que estão inseridos. Destacando-se assim, a importância de atitudes individuais e coletivas através da EA.
A ideia se reafirma pelas palavras de Carvalho (2013, p. 2), quando identifica que “na medida em que instituições e pessoas tentam viver de acordo com preocupações ecológicas, aí se encontra vigente, em alguma medida, o sujeito ecológico como modelo de identificação pessoal e reconhecimento social.” Somando sempre a sua formação, experiências adquiridas nas ações e projetos executados. Na parceria e coletividade com os demais. Na certeza de que a partir deles e de seu comportamento diferenciado, o seu modelo de identidade como sujeito ecológico, é formado e delineado constantemente a partir de suas falas, posicionamentos e modo de vida.
Constituem-se assim, processos de formação e consciência coerentes com a sua forma de viver. Ouvir os jovens e entender suas colocações, a partir de um movimento ecológico e do desenvolvimento da EA, traduz como esses são norteadores das suas formações, pensamentos, bagagem ecológica e certezas pessoais. Esses posicionamentos diferenciados, dos sujeitos ecológicos “fomenta esperanças de viver melhor, de felicidade de justiça e bem-estar” (CARVALHO, 2008, p. 69).
Desse modo, como salienta Carvalho (2008, p.69) “os educadores que passam a cultivar as ideias e sensibilidades ecológicas em sua prática educativa estão sendo portadores dos ideais do sujeito ecológico”. Na certeza de que esse modo diferenciado de viver e atuar no mundo é motivacional e inspirador para o grupo.
Onde a entrega e a atuação ao movimento socioambiental são constantes. Visando a mudança de perspectiva através do hoje e da EA. Como destaca Carvalho (2008, p. 104) “assim, somos herdeiros diretos das experiências que marcam as relações entre sociedade e natureza de nossos predecessores e, da mesma forma, deixaremos para a posteridade nosso legado, aquilo que pudemos construir em nossa existência individual e coletiva”.
Considera-se então, que a vivência e experiencias demostradas pelos sujeitos durante a pesquisa, tem contribuído na construção de sujeitos ecológicos, por meio das atividades desenvolvidas junto ao CJ/PA, um movimento de jovens ambientalistas com abrangência nacional. A pesquisa abre precedentes para o estudo futuro e mais a fundo sobre os Coletivos em nível local e nacional, como também a possibilidade de entender como esse espaço forma para o ensino de ciências e da educação ambiental professores e alunos para além da educação formal institucionalizada.
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