Revisão
Recepção: 27 Fevereiro 2021
Aprovação: 02 Fevereiro 2022
Publicado: 29 Março 2022
Autor correspondente: julia.buganca@unisul.br
Resumo: Objetivo: Descrever os sentimentos e estratégias de enfrentamento dos profissionais de enfermagem que atuam em unidade de terapia intensiva adulto sobre o processo de morte e morrer. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com levantamento bibliográfico entre 2015 e 2010 na Biblioteca Virtual em Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Base de Dados em Enfermagem, Índice Bibliográfico Espanõl em Ciencias de la Salud. Resultados: Após a análise dos 15 artigos selecionados, emergiram duas categorias: Sentimentos Vivenciados, divididos em sentimentos pessoais como angústia, ansiedade, tristeza, empatia e alívio e sentimentos profissionais como fracasso, impotência, frustação, insucesso e culpa; e Estratégias de Enfrentamento, segmentado em dois subtemas, estratégias pessoais e estratégias profissionais. Conclusões: Os profissionais de enfermagem vivenciam sentimentos negativos que causam danos emocionais e desenvolvem estratégias de enfrentamento que quando mal administradas geram lacunas no processo de cuidado.
Palavras-chave: Profissionais de Enfermagem, Unidade de Terapia Intensiva, Sentimentos, Morte, Atitude Frente a Morte.
Abstract: Objective: To describe feelings and strategies of nursing personnel that work on adult intensive care unit facing the process of death and dying. Methodology: Integrative review of literature with bibliographical survey between 2015 and 2010 in the Health Virtual Library, Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line, Latin American and Caribbean Literature in Healths Science, Nursing Database and Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud. Results: After analyzing the 15 selected articles, it has emerged two categories: Experienced Feelings, split up in personal feelings such as affliction, anxiety, sadness, empathy and relieve, and professionals' feelings such as failure, impotence, frustration, unsuccessfulness, and guilt; and Confrontation Strategies, segmented in two subtopics, personal strategies, and professionals' strategies. Conclusions: Nursing professionals experience negative feelings that cause emotional harm and develop confrontation strategies that, when badly administrated, generate gaps in the caring process.
Keywords: Nursing Personnel, Intensive Care Unit, Feelings, Death, Attitude Facing Death.
Resumen: Objetivo: Describir los sentimientos y las estrategias de afrontamiento de los profesionales de enfermería que trabajan en la unidad de cuidados intensivos de adultos sobre el proceso de la muerte y el fallecimiento. Método: Se trata de una revisión integradora de la literatura con levantamiento bibliográfico entre 2015 y 2010 en la Biblioteca Virtual en Salud, Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line, Literatura Latino-Americana y del Caribe en Ciencias de la Salud, Base de Dados em Enfermagem, Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud. Resultados: Tras el análisis de los 15 artículos seleccionados, surgieron dos categorías: Sentimientos experimentados, divididos en sentimientos personales como angustia, ansiedad, tristeza, empatía y alivio, y sentimientos profesionales como fracaso, impotencia, frustración, fracaso y culpa; y Estrategias de afrontamiento, segmentadas en dos subtemas, estrategias personales y estrategias profesionales. Conclusiones: los profesionales de enfermería experimentan sentimientos negativos que provocan daños emocionales y desarrollan estrategias de afrontamiento que, mal gestionadas, generan lagunas en el proceso de atención.
Palabras clave: Profesionales de enfermería, Unidad de cuidados intensivos, Sentimientos, Muerte, Actitud ante la muerte.
INTRODUÇÃO
A compreensão da morte como um processo natural ainda é encarada na atualidade com muita dificuldade pela população em geral e pelos profissionais de saúde. A finitude pode ser representada em formas e contextos diferentes, e tem sido alvo de estudos ao longo do tempo com o objetivo de compreender o comportamento humano frente a esta situação(1).
Os indivíduos tendem a manter uma relação distante com a morte, afastando-se desta e a considerando como um fracasso, que deve ser ocultada. Essa exclusão da morte é referida por sinônimos negativos, e ao ser mencionada é automaticamente renegada, proibida, desconsiderada(1).
Mesmo a morte sendo um evento natural e recorrente no cotidiano dos profissionais de enfermagem, muitos apresentam uma grande dificuldade em lidar com essa realidade. Os profissionais não foram preparados para lidar com a situação de morte, e mesmo que essa faça parte da rotina de trabalho, é considerada um fracasso ou que poderia ser evitada. Diante da situação da morte o profissional esquece que é um processo natural e acaba se culpabilizando e levando pra si uma carga emocional que pode se tornar prejudicial em todos os âmbitos da vida(2).
A sensibilidade diante do processo de morte é natural, pois situações dessa natureza fazem com que a pessoa reflita sobre sua vida e sobre a finitude inevitável. Porém, esses sentimentos e emoções são ampliados quando associados a outros fatores, como por exemplo, a etapa da vida do paciente, o tipo de morte e também o vínculo criado durante a internação do paciente - a tríade profissional-paciente-familiares - que se refere à interação emocional desenvolvida. Nesses casos os sentimentos podem ser potencializados, tornando a dor da perda maior e os danos emocionais mais preocupantes(2).
No ambiente hospitalar, principalmente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ocorre um maior convívio dos profissionais de enfermagem com situações que envolvem risco eminente de morte. A UTI é um ambiente destinado ao atendimento de pacientes críticos que necessitam de cuidados contínuos e de alta complexidade, com recursos disponíveis para recuperar a saúde e evitar a morte, mas, mesmo com todo esse preparo, em alguns casos, o processo de morte é inevitável, tornando este um dos lugares de maior convívio com a finitude(3,4).
Inconscientemente são desenvolvidos mecanismos de defesa que permitem desencadear estratégias para lidar com situações de conflito, ansiedade e frustrações que não são solucionadas em nível de consciência. A mente humana é programada para se defender de situações que podem causar dano. Os profissionais de enfermagem desenvolvem comportamentos e estratégias para evitar um maior envolvimento emocional com o paciente, e com isso, esperam reduzir o sofrimento diante do processo de morte.
Cada profissional enfrenta a fase terminal de um paciente de forma distinta, recorrendo a mecanismos pessoais com o intuito de evitar o sofrimento das perdas, e muitas vezes, devido a este comportamento, são considerados pessoas frias e desumanas. Porém a vivência dessas situações, quando bem administradas e instruídas, propicia aprendizagem de vida e experiência profissional. Já no contexto de despreparo dos profissionais de enfermagem diante a morte de pacientes, na tentativa de se protegerem e evitarem o sofrimento emocional, ocorre falhas na assistência humanizada, deixando lacunas no processo do cuidado(1,5,6).
A equipe de enfermagem é responsável pela gestão direta do cuidado, o que torna estes profissionais mais próximos dos pacientes, convivendo diariamente com as angústias e dilemas diante o processo de morte e morrer. Isso faz com que tenham dificuldades em separar o profissional do emocional, causando um declínio significativo na prestação do cuidado, deixando que os sentimentos conduzam a prática.
Com o passar do tempo o profissional pode desenvolver barreiras devido a ocorrências de muitos óbitos em sua rotina profissional e acaba expressando suas angústias e frustrações internamente. Esse estresse gerado desestabiliza o equilíbrio psíquico e fisiológico, fazendo com que a reserva de energias seja utilizada para suprir o dano emocional, inibindo os mecanismos de defesa e dando brecha para que a saúde do indivíduo seja prejudicada com doenças somáticas, gerando consequências graves para o mesmo(1,7,8,9).
A abordagem desta temática se apresenta de grande importância para a prática de enfermagem. É necessário que sejam desenvolvidos estudos nos diferentes campos de atuação da enfermagem para compreender melhor os sentimentos desses profissionais e as estratégias de enfrentamento utilizadas. Este assunto é pouco abordado durante a formação profissional assim como nos processos de educação permanente, apresentando uma lacuna importante a ser superada.
Os resultados do estudo poderão contribuir para uma melhor compreensão do processo de morte e morrer entre os profissionais que atuam em UTI adulto, assim como colaborar para a elaboração de programas que promovam a saúde, prevenindo abalos emocionais que interfiram na vida pessoal e profissional.
O estudo tem como objetivo descrever os sentimentos e estratégias de enfrentamento dos profissionais de enfermagem que atuam em UTI adulto sobre o processo de morte e morrer.
MÉTODO
Este estudo caracteriza-se como uma revisão integrativa, método que tem por definição incorporar resultados de estudos significativos para determinado tema, proporcionando a síntese do conhecimento de forma prática(10).
Foi utilizada a proposta de Ganong como fundamentação teórica para o desenvolvimento desta revisão integrativa. Ganong determina 6 etapas para a produção do estudo, sendo a primeira etapa a seleção da questão de pesquisa; a segunda etapa consiste em estabelecer os critérios de inclusão e exclusão; a terceira etapa compreende na categorização dos estudos; a quarta etapa trata-se da avaliação dos estudos; na quinta etapa ocorre a interpretação e discussão dos resultados; e na sexta, e última, fase é realizada a apresentação da revisão integrativa(11).
A busca foi realizada baseada na seguinte questão norteadora: “Quais são as evidências científicas acerca dos sentimentos e estratégias de enfrentamento utilizadas por profissionais de enfermagem que atuam em UTI adulto, sobre o processo de morte e morrer?”.
O levantamento bibliográfico foi realizado por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) onde encontrou-se artigos das seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados em Enfermagem (BDENF), Índice Bibliográfico Espanõl en Ciencias de la Salud (IBECS) e busca de publicações científicas em periódicos através do Google Acadêmico. Foram incluídos artigos originais com a presença dos descritores escolhidos no título do trabalho ou inseridos no resumo, disponíveis por meio online, que abordaram a temática acerca dos sentimentos vivenciados e estratégias de enfrentamento utilizadas por profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares) que atuam em Unidade de Terapia Intensiva adulto sobre processo de morte e morrer entre os anos de 2015 e 2020. Foram excluídos artigos duplicados, artigos de revisão narrativa, teses, dissertações e cartas ao leitor e/ou artigos que não ofereceram disponibilidade online. Os descritores utilizados foram: profissionais de enfermagem, morte, sentimentos, cuidados críticos e atitude frente a morte. Esses descritores foram combinados pelo operador booleano AND para a formação da estratégia de busca, sendo aplicado o filtro “full text” e o período específico de 2015 a 2020 em todas as buscas efetuadas.
A coleta de dados ocorreu durante o mês de setembro de 2020. A leitura e análise dos estudos foram processos realizados manualmente, sem o auxílio de nenhum software. A análise dos artigos ocorreu de forma descritiva e os resultados foram apresentados em forma de quadros, expondo as características de cada artigo: publicação com o título, base de dados, periódicos e ano de publicação, delineamento metodológico e, por fim, principais resultados
RESULTADOS
A busca nas bases de dados, com os descritores escolhidos, identificou 5.402 artigos, sendo que 5.384 foram excluídos após a leitura do título e resumo, ou por apresentarem duplicata, sobrando 18 estudos para análise detalhada. Após a leitura dos artigos na íntegra, foram excluídos 3estudos por não cumprirem com os critérios definidos, restando 15 artigos, sendo esses utilizados nesta revisão. A Figura 1 demonstra o fluxograma do processo para a definição dos estudos incluídos e o Quadro1 apresenta a descrição dos estudos incluídos, segundo título, base de dados, periódico, ano de publicação, delineamento metodológico e país de origem.
Por meio da análise dos 15 artigos, apresentados na Figura 1, a base de dados com mais estudos é o LILACS com 7 artigos (46,66%), seguido pelo Google Acadêmico com 5 artigos (33,33%), enquanto BDENF, IBECS e MEDLINE são responsáveis por 1 artigo cada (20%). Foram identificados 15 periódicos distintos.
Em relação ao ano das publicações (Quadro 1) pode-se observar que os anos de 2020 e 2019 são responsáveis por 4 artigos cada (53,33%), seguidos dos anos de 2018, 2016 e 2015 com 2 artigos cada (40%), e o ano de 2017 com apenas 1 estudo (6,66%). Dessa forma fica evidente a produção recente acerca do tema, revelando valor e confiabilidade na revisão desenvolvida.
No que se diz respeito ao delineamento metodológico, 100% dos artigos foram caracterizados de natureza qualitativa, e é possível observar suas derivações.
Quanto ao país de origem da publicação, identificou-se 10 artigos nacionais (66,66%) e 5 artigos de outras regiões, um de cada, sendo essas localidades: Colômbia, Espanha, Argentina, Turquia e México. Assim notamos a predominância dos estudos nacionais, mas também é possível analisar a produção de outros países e entender culturas diversas.
A seguir, no Quadro 2, são apresentados os objetivos, sujeitos e principais resultados de cada estudo, considerando que diversas vezes o mesmo artigo abrangeu temas diversos
DISCUSSÃO
Após a análise dos 15 artigos selecionados, emergiram duas grandes categorias, sendo o tema 1: “Sentimentos Vivenciados” da qual foi dividida em duas vertentes: “sentimentos pessoais” e “sentimentos profissionais”. O tema 2 foi “Estratégias de Enfrentamento” da qual originou-se, também, dois subtemas: “estratégias pessoais” e “estratégias profissionais”.
Dos artigos elegíveis para essa revisão, 86,66%(13) relataram a existência de sentimentos por profissionais de enfermagem durante o processo de morte e morrer, sendo que 84,61% dos estudos abordaram os sentimentos pessoais, divididos em: tristeza (ARTIGO 2, 5, 6, 8, 9, 11, 12, 13, 14), ansiedade/angústia (ARTIGO 6, 7, 8, 11, 12) e compaixão/empatia/alívio (ARTIGO 3, 5, 6). Em contrapartida 76,92% dos artigos trouxeram os sentimentos de cunho profissional: fracasso, impotência, frustração, insucesso e culpa (ARTIGO 2, 3, 4, 6, 8, 10, 11, 12, 13, 14).
Em relação ao sentimento de tristeza, Kluber-Ross a evidência como um sintoma inicial da depressão, sendo essa o quarto estágio do processo de luto(27). Diante de circunstâncias específicas o ser humano desenvolve o sentimento de tristeza, que por sua vez corresponde a resposta humana universal em situações de perda, derrota, decepção e outras adversidades(28). (Error 1: La referencia debe estar ligada) (Error 2: El tipo de referencia es un elemento obligatorio) (Error 3: No existe una URL relacionada) (Error 4: La referencia debe estar ligada) (Error 5: El tipo de referencia es un elemento obligatorio) (Error 6: No existe una URL relacionada)
O processo de morte e morrer acarreta aos profissionais de enfermagem diversas emoções, e a tristeza é o sentimento mais mencionado nos estudos analisados, sendo demonstrada com diferentes justificativas.
Algumas condições influenciam a forma com que os profissionais lidam com a finitude, entre elas, a idade do paciente(13,16,19,20). A tristeza é predominante em situações que envolvem a morte de crianças e jovens, pois é vista como uma morte prematura, que não estava no tempo de acontecer, ferindo a ordem cronológica aceita pela sociedade, enquanto a morte de idosos é encarada como o “final da vida” e é melhor aceita como um processo biológico e natural(29,30,31).
A tristeza é mencionada também em caso de vínculo entre profissional e paciente. Sabe-se que para prestação do cuidado é necessário que se desenvolva uma relação de ajuda e empatia entre quem cuida e quem é cuidado(32), e esse vínculo criado durante a internação é um fator que potencializa a tristeza(13,16,17,23). A equipe de enfermagem é responsável pelo cuidar e são esses os profissionais que prestam a assistência integral(29), desse modo a finitude ocasiona o rompimento da relação criada e a perda torna-se mais significativa, tanto em nível profissional quanto a nível pessoal, resultando em sofrimento(33).
O vínculo é criado não apenas com o paciente mas também com seus familiares, a convivência gera empatia e, desse modo, é considerada uma atitude positiva que evidencia a humanização do cuidado(34). Mas por outro lado, pode resultar em tristeza para os profissionais ao presenciarem o sofrimento da família após a morte do paciente(13,20,24,30), pois a equipe tende a colocar-se no lugar dos membros da família.
Ainda foi relatado que ao vivenciar a morte o profissional presencia e comprova a fragilidade humana, e isso faz com que se analise a própria vida e a sua finitude pessoal(32) aflorando a tristeza mediante a vulnerabilidade do ser humano.
A equipe de enfermagem declara vivenciar a ansiedade e angústia frente a morte (ARTIGO 6, 7, 8, 11, 12), e essas emoções são classificadas como reações humanas básicas, de origem emocional e fisiológica, que são ativadas pelo organismo afim de alertar situações de ameaça(35). A ansiedade considerada normal (não patológica) está relacionada ao manejo da saúde mental, e é necessária para o equilíbrio e ajuste das emoções, diferentemente da ansiedade patológica que representa o descontrole psíquico, resultando em agravos mentais e físicos(36).
Dessa forma é possível analisar, nos estudos incluídos, a presença da angústia e ansiedade, em sua maioria em níveis normais, sendo assim um sentimento inicialmente negativo, mas que tem como função a estabilização e equilíbrio da saúde mental.
Um estudo realizado com 100 profissionais de enfermagem atuantes em UTI adulto apresenta resultados que corroboram com a teoria apresentada, onde 85% dos profissionais referem ansiedade mínima, seguido de 10% de grau leve de ansiedade, 4% de grau moderado e apenas 1% com grau severo(37). Sendo assim, fica evidente que a ansiedade e angústia mencionada pelos profissionais de enfermagem é de cunho natural e fisiológico. Porém, deve-se tratar com atenção qualquer grau de ansiedade e angústia, visto que o cuidar exige uma saúde mental equilibrada, e a ausência dessa pode acarretar em dificuldade de prestar uma assistência de qualidade(37).
Apesar de todos os sentimentos negativos que envolvem o processo de morte e morrer, também foram mencionados sentimentos positivos, destacando a sensação de alívio (ARTIGO 3, 6) e a compaixão (ARTIGO 5).
O alívio é resultante do pensamento de que a morte vem para pôr fim ao sofrimento, geralmente emerge em situações em que o paciente sofria muito em vida e já não existiam possibilidades terapêuticas(32). Entretanto, a compaixão é referida como a empatia desenvolvida pelo paciente e sua família, esse sentimento trás significado para o trabalho da equipe de enfermagem, conferindo como dever cumprido(38).
No exercício profissional da equipe de enfermagem o objetivo central é a manutenção da vida, a responsabilidade de curar doenças e zelar pela saúde(34,38), o que explica os sentimentos de impotência, frustração, fracasso, insucesso e culpa frente à morte (ARTIGO 2, 3, 4, 6, 8, 10, 11, 12, 13, 14). Esses sentimentos são encontrados na literatura em diversos estudos(29,30,32,33,38,39,40) e fica evidente a falta de preparo para lidar com essas sensações, levando a uma deficiência na prestação do cuidado(41), visto que os profissionais associam a morte a um evento de fracasso, esquecendo que a finitude é algo natural, deixando que um processo fisiológico leve a um sofrimento psíquico.
A dificuldade em lidar com esses sentimentos de cunho profissional torna-se uma fonte de estresse para o dia a dia da equipe de enfermagem, pois a morte desmitifica a teoria de que o profissional é onipotente e invencível, e dessa forma gera incomodo nos profissionais que não são preparados para lidar com a finitude, e assim frustram-se com o pensamento de que poderiam ter feito mais quanto às intervenções(30,41).
Diversos pensamentos dividem-se acerca da UTI, alguns a tem como local para se morrer, outros devido à grande disponibilidade de recurso e por não aceitarem a morte acreditam que é o local de cura, que pode reverter uma situação muitas vezes irreversível. Essa expectativa gera um grande sofrimento, tornando o processo natural de morte e morrer um transtorno.
O desejo de vencer a morte, impregnado nos profissionais de enfermagem, acaba retirando o senso crítico, tornando o processo mais difícil de lidar do que o habitual, deixando que a experiência laboral interfira na sua vida pessoal, trazendo dificuldades em manter o domínio emocional(42,43).
Entre os 15 artigos avaliados 66,66%(10) evidenciaram a utilização de estratégias de enfrentamento, e desses, 90%(9) mencionaram as estratégias pessoais, sendo elas: espiritualidade/religiosidade (ARTIGO 1, 6, 8, 15), evasão (ARTIGO 6, 10, 11, 12, 14), negação (ARTIGO 6, 8) e racionalização (ARTIGO 2, 6). Enquanto apenas 27,27% referiram o uso de estratégias profissionais: prestar assistência com qualidade gera conforto (ARTIGO 5, 15) e diálogo/roda de conversa entre a equipe profissional (ARTIGO 6,15).
Cada ser humano é único, com crenças distintas, e dessa forma a espiritualidade/religiosidade interfere na maneira que cada profissional presta o cuidado e assimila as informações no ambiente que está inserido(31), sendo assim a espiritualidade/religiosidade como estratégia pessoal de enfrentamento foi justificada pela crença de existir um lugar melhor após a morte, onde a dor não existirá, enquanto outros, através do seu conhecimento espiritual pessoal, conseguem aceitar a morte apenas como um fato, e assim utilizam da fé como suporte e facilitador para melhor compreender a finitude, servindo como amparo e gerando conforto emocional(31,34,38).
No que se trata de estratégia de enfrentamento pessoal, a evasão é muito utilizada pelos profissionais de enfermagem, esse mecanismo é fundamentado no princípio de que evitar falar sobre o tema, evita também os sentimentos relacionados ao mesmo (40).
Além de não falar sobre o assunto, os profissionais utilizam a evasão no ato de não se relacionar com seus pacientes, evitando o vínculo e trabalhando de forma prática, sem usar do envolvimento. Estudos relatam que dessa forma a morte torna-se mais fácil de lidar(31,38).
Os profissionais de enfermagem relatam que a ação de fuga resulta em frieza e insensibilidade, e dessa forma conseguem passar por situações de morte dos seus pacientes sem abalos emocionais, porém esse distanciamento acarreta em lacunas no processo do cuidado humanizado(34).
Em relação ao luto, a psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross desenvolveu o Modelo de Kübler-Ross, o qual identifica as 5 fases do luto. A primeira fase do luto é a negação(27), e foi possível identificar essa estratégia nos artigos selecionados para este estudo (ARTIGO 6, 8).
A negação é utilizada como estratégia primária e momentânea com objetivo de estabilização rápida diante do trabalho exaustivo(27) e existe principalmente em instituições que não oferecem estratégias de enfrentamento a nível profissional. Porém, assim como a evasão, é um mecanismo prejudicial, tanto para a prestação do cuidado, tornando-se uma barreira, quanto para a própria evolução pessoal(32,34,40).
Diante do convívio diário com situações de morte, o profissional acostuma-se e aceita o processo de morrer naturalmente. Encarar a morte como um processo biológico e natural é também uma forma de se proteger dos sentimentos que a mesma acarreta(30). Essa estratégia é conhecida como racionalização (ARTIGO 2, 6) e é utilizada para evitar a desestabilização emocional dos profissionais(13,32).
O profissional de enfermagem é conhecido como o responsável pelo processo do cuidado(29), desse modo, a assistência prestada com qualidade é eficaz no enfrentamento da morte de um paciente. A certeza de cumprir todos os deveres de forma correta e zelar pela manutenção da vida, mantendo a dignidade do paciente, enquanto pôde, é extremamente valorizada pela equipe de enfermagem, e assim garante um suporte emocional para o profissional(16,26), resultando em melhor aceitação da finitude. Um estudo realizado com 11 enfermeiros comprova essa hipótese(32).
As estratégias de enfrentamento motivadas pelas instituições são de grande importância para atuação dos enfermeiros (ARTIGO 6, 15), e o diálogo/rodas de conversa mostraram-se eficientes para lidar com o processo de morte e morrer(40).
Dialogar é visto como um meio de aliviar o peso que a morte ocasiona, a expressão e compartilhamento dos sentimentos com os colegas de trabalho é uma das opções mais construtivas para o ser como trabalhador(17,26,40). Além do alívio, o diálogo também é benéfico para interação da equipe, é um instrumento que resulta em troca de informações, colocar-se no lugar do outro profissional, promovendo ajuda mútua. Dessa forma, os profissionais se fortalecem e buscam maneiras de enfrentar esse momento tão delicado que é a morte(26,32,34).
CONCLUSÃO
Diante do exposto foi possível identificar que os profissionais de enfermagem expressam sentimentos pessoais positivos, como alívio e compaixão, diante do processo de morte e morrer, porém, com destaque nos sentimentos negativos, sendo esses: tristeza e angústia/ansiedade. Quanto aos sentimentos enquanto profissionais de saúde, os artigos analisados demonstraram que os profissionais encaram a morte como um fracasso, sentem-se impotentes diante de um processo natural, frustrando-se com o inevitável.
Diante do convívio diário com situações de morte, identificou-se a utilização de estratégias de enfrentamento pessoais como a busca pela espiritualidade/religiosidade, a tentativa de evitar a criação de laços entre profissional e paciente - estratégia conhecida como evasão - a negação e a racionalização, que é definida como a habilidade de compreender a finitude e aceitá-la. No campo profissional, as estratégias utilizadas relacionaram-se a assistir com integralidade e prestar atendimento de qualidade ao paciente, garantindo o conforto e utilizando as práticas de forma correta, além de diálogos e rodas de conversa entre a equipe multiprofissional.
Os sentimentos apresentados pelos profissionais de enfermagem podem acarretar em lacunas significativas no processo de assistência caso as estratégias de enfrentamento não sejam efetivas. Essas estratégias dependem das crenças e experiências vivenciadas individualmente. No entanto, muitas dessas estratégias são mal administradas. Desse modo, sugere-se para que as instituições desenvolvam estratégias profissionais, como rodas de conversas e palestras sobre a temática, considerando o impacto positivo para prática profissional. Ainda se ressalta a importância de as instituições fornecerem apoio psicológico para a equipe de enfermagem a fim de evitar o surgimento de doenças e transtornos, decorrentes da falta de habilidade em gerenciar os próprios sentimentos.
Os resultados do estudo evidenciam a necessidade do ensino sobre a temática ainda na graduação, para que o profissional esteja preparado para situações de finitude durante a prática profissional e desenvolva a habilidade do domínio das emoções, sendo essa extremamente importante para a manutenção da saúde mental.
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Autor notes
julia.buganca@unisul.br