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AS PERSPECTIVAS DE INTEGRAÇÃO NO CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA À EJA
PERSPECTIVES IN INTEGRATION IN THE YAE INTEGRATED PROFESSIONAL EDUCATION CURRICULUM
Revista Espaço do Currículo, vol. 12, núm. 1, pp. 153-170, 2019
Universidade Federal da Paraíba

Artigos

Revista Espaço do Currículo
Universidade Federal da Paraíba, Brasil
ISSN-e: 1983-1579
Periodicidade: Cuatrimestral
vol. 12, núm. 1, 2019

Recepção: 23 Setembro 2018

Revised document received: 22 Janeiro 2019

Aprovação: 30 Janeiro 2019

Publicado: 02 Março 2019


Este trabalho está sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Resumo: O trabalho do estado do conhecimento apresentado teve como base a pesquisa realizada em trabalhos acadêmicos sobre a construção do currículo integrado na oferta do PROEJA. Esses trabalhos acadêmicos foram pesquisados no Repositório OASIS-BR, e, em artigos de Coleções do PROEJA, oferecidas por Universidades Federais que desenvolviam o curso de especialização na área. Foram selecionados os trabalhos de conclusão de curso na perspectiva de construção de cursos técnicos integrados à modalidade de Jovens e Adultos. A partir da análise da base material encontrada, verificamos que a concepção de integração do grupo responsável por elaborar o curso técnico, como a concepção de integração dos gestores e professores da instituição, se materializa num currículo integrado com formas e naturezas diferentes. Sobre essas diferentes perspectivas de integração é que vamos nos debruçar, apresentando a integração a partir do itinerário formativo.

Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos Educação Profissional. Currículo integrado..

Abstract: The article on state of knowledge presented was based in the research carried out through academic works about the construction of an integrated curriculum in YAE offer. Such academic works have been carried out at the OASIS-BR Repositorium, and through articles from PROEJA Collections, offered by Federal Universities developing the area specialization course. Course conclusion works about perspectives in construction of YAE integrated technical courses were selected. Based on the analysis of the material base at hand, the integration conception of the group in charge of the technical course ellaboration as well as the institution managers and teachers was verified and is materialized in an integrated curriculum in different forms and natures. We will lean over these different integration perspectives, introducing integration through a formative itinerary.

Keywords: Youth and Adult Education, Professional Education, Integrated Curriculum.

INTRODUÇÃO

O estado do conhecimento é uma técnica de pesquisa que busca a organização de dados, de forma temporal, por temas específicos, para realizar análises com fins de sistematização, em todos os registros acadêmicos e no portal de busca exclusiva.

Nossa pesquisa documental procura investigar a materialização do currículo da Educação Profissional integrada à EJA. Encontramos uma base material que trouxe mais informações sobre as diferentes perspectivas de integração encontrada nas instituições que oferecem o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA[3].

O resultado está expresso a seguir, apresentando de forma discriminada cada natureza de integração identificada e a forma como foi implementada.

O CONTEXTO PESQUISADO DA OFERTA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA À EJA

Para melhor compreender o estado atual do conhecimento sobre a oferta da educação profissional integrada à EJA, buscamos no Repositório OASIS-BR, dissertações e teses com as seguintes palavras-chaves: currículo integrado e PROEJA.

Ao inserirmos as palavras-chaves acima, foram registrados 81 resultados[4]. Nosso objetivo era de analisar apenas os textos que apresentassem a temática do currículo integrado, por isso, dos 81 resultados encontrados, identificamos trabalhos repetidos (09), trabalhos fora do tema (07) e um sobre o PROEJA-FIC. Assim, nossa base material se reduz para 64 trabalhos acadêmicos. Fazendo novamente a filtragem que tratassem especificamente sobre a experiência de construção de currículos integrados, observamos que apenas 05 trabalhos do repositório evidenciavam o processo de construção de currículos, com a matriz e abordagem curricular definida.

Além desses 05 trabalhos pesquisados no repositório, selecionamos 03 artigos nas mesmas condições dos anteriores, que fazem parte de uma coleção[5] de volumes de trabalhos de conclusão de cursos de especialização da Universidade Federal ? UFRGS, sobre o PROEJA no Rio Grande do Sul, entre 2008 e 2010, com estudantes/professores dos Institutos Federais de Educação Profissional desse Estado. Apresentamos a seguir os dados sobre o processo de elaboração e ou implantação dos projetos pedagógicos de cursos técnicos integrados à EJA, nos 08 trabalhos identificados.


Quadro 1: Trabalhos acadêmicos sobre a construção de projetos de curso no PROEJA ? 2007 a 2014

Fonte: Elaboração da própria autora.

A partir do material pesquisado, chegamos às seguintes conclusões:

- Cerca de metade dos cursos foram concebidos logo após a legislação indicar a obrigatoriedade de ofertas de vagas por instituição federal, para o PROEJA, no mínimo de 10%;

- Cerca de cinco (05) unidades escolares organizaram o currículo do curso integrado com base no modelo tradicional de ?grade curricular?, ou seja, em formações justapostas, colocando as disciplinas da formação geral em cima e da formação específica em embaixo;

- Cerca de sete (07) unidades escolares utilizaram o projeto integrador, ou interdisciplinar ou de trabalho como forma de abordagem e estratégia pedagógica, no sentido de alcançar a integração entre as formações;

- Em quatro (04) unidades a elaboração do curso foi realizada pela equipe gestora, e em três (03) instituições, por uma comissão de professores e representantes;

- Das oito (08) instituições, em três (03) a matriz curricular expressa os eixos e temas transversais, tendo como objetivo agrupar unidades ou núcleos, a partir de temas comuns ou interdisciplinares, quando realizarem as reuniões de planejamento;

- É predominante que a integração no currículo inicie após o curso em andamento e a partir das reuniões de planejamento;

- Em todas as instituições, esse ponto acima citado foi considerado mais frágil, em função da dificuldade de sistematizar essas reuniões;

- Ficaram claras as diferenças de perspectivas de integração curricular em três trabalhos acadêmicos, apresentando entrevistas com docentes sobre suas concepções. A compreensão da maioria é a confusão que fazem entre integração e interdisciplinaridade;

- Em apenas uma instituição foi apresentado um projeto interdisciplinar que tinha uma grande articulação entre as formações, sendo desenvolvido por apenas dois estudantes.

Toda a pesquisa e análise realizada contribuiu para reforçar a importância da compreensão da concepção de integração na educação profissional com a educação geral e que a construção do plano de curso na perspectiva integrada, exige um esforço maior do que criar eixos e projetos interdisciplinares. Na continuidade de análise dos artigos, os próximos itens serão para abordar as perspectivas de integração curricular encontradas.

PERSPECTIVAS DE INTEGRAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM A EDUCAÇÃO BÁSICA

Na análise de currículos integrados identificados a partir da seleção já informada, observa-se que as instituições podem conceber a integração antes de iniciar o curso ? contemplando no plano de curso os mecanismos de integração e estratégias pedagógicas ? ou depois de criado ? com apenas registros gerais sobre a integração, sem detalhar como ela será efetivada.

Os artigos que apresentam a experiência do currículo integrado na formação técnica para alunos da EJA, utilizando abordagens que articulassem as disciplinas. Ao analisarmos esse material e as experiências já desenvolvidas em torno da integração, observamos que existem percepções diferentes de integração a partir da compreensão do termo.

Não existem manuais sobre como construir e exercitar o currículo integrado. A construção desse currículo expressará o sentido do grupo ou comissão elaboradora do curso sobre a concepção de integração na educação profissional. O que existe em comum em todas as instituições escolares é que elas partem do modelo curricular prescrito no ensino médio ? áreas, disciplinas, conteúdos e cargas-horárias ? e de uma proposta de curso já existente na educação profissional, como um curso técnico concomitante ou subsequente, conforme o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos[6], para construírem o curso integrado.

Cabe à instituição desenvolver uma forma de organização da elaboração do curso integrado, podendo ampliar ou não a participação de outros atores e de outros segmentos. É nesse momento, a partir de uma reunião sobre a definição de estratégias de como o curso será criado, que fica claro qual é a concepção de integração dominante no grupo, e, portanto, todo o percurso formativo será gerado conforme a concepção de integração majoritária. O resultado refletirá essa perspectiva e, por isso, encontramos diferentes aspectos de integração nos cursos.

Com a determinação legal de oferecer através da Rede Federal de Educação Profissional cursos voltados para a educação de jovens e adultos e integrados à formação geral, foi provocado um movimento nas instituições para se cumprir a exigência de cursos e vagas. Apesar dos relatos encontrados nos artigos sobre a formação continuada dos docentes para atuar no PROEJA, na maioria dos casos houve um aligeiramento da elaboração e oferta desses cursos, provocando descompasso entre os objetivos do Programa com a realidade dos cursos implementados.

Entre a pressão e exigência de ofertar cursos integrados a EJA e a preparação para o alcance dos objetivos dos cursos, houve um abismo até hoje não resolvido. Critica-se o PROEJA como se o problema fosse de suas concepções e não de sua implementação. É fato que o processo foi atropelado, mas nas instituições que promoveram um amplo debate e uma formação ampliada aos docentes, a perspectiva de integração é mais materializada.

Dos trabalhos acadêmicos analisados, a matriz curricular é o resultado do agrupamento entre as duas formações: geral e específica. Também houve uma construção do plano de curso a partir de modelos existentes. Observa-se então, que o currículo integrado desses cursos é prescrito, ou seja, não foi construído de forma ampliada, obedecendo normas e exigências legais, registrando também que a integração será construída a partir de sua implementação.

Segundo Sacristán (2000), o currículo passa por um processo de objetivação[7], ou seja, os níveis de significações ou concretização do currículo na instituição escolar. Veja como é esse processo a seguir:



Figura 1: processos de objetivação do currículo
Fonte: (SACRISTÁN, 2000, p. 105).

Esse processo de objetivação acontece em todas as instituições de ensino, variando conforme os níveis de aprofundamento em cada etapa.

Podemos fazer uma relação entre o processo discriminado acima e como as instituições constituíram e materializaram o currículo integrado do PROEJA. Observe a relação entre o processo de objetivação do currículo explicado por Sacristán (2000) e o processo de objetivação do currículo integrado nas instituições:


Quadro 2: Processo de objetivação do currículo integrado

Fonte: Elaboração da própria autora.

Com a instituição do PROEJA como política pública (currículo prescrito), o nível de objetivação do currículo ganha a perspectiva da integração. Mais da metade das instituições elaboraram o curso de forma centralizada, por vários fatores, sendo que o mais destacado foi a exigência da oferta de cursos integrados num prazo pré-definido. A não participação dos professores na configuração desse plano de curso demonstra que, para a gestão administrativa, a integração poderia ser concebida e planejada posteriormente a implementação do curso. Nos cursos que houve uma discussão do plano de curso de forma mais ampliada, a matriz curricular apresenta um esboço da perspectiva de integração, quando se observa a definição de eixos temáticos, eixos integradores e projetos interdisciplinares. Observa-se que para o grupo, esses mecanismos são importantes e podem articular a integração entre as formações: geral e específica.

O currículo apresentado aos professores procura traduzir os princípios e finalidades do Programa para ser implementado em linhas gerais, como expresso na legislação e no documento base. Afinal, a instituição de ensino federal teve que responder a uma série de necessidades de ordem social e cultural ainda não estabelecidas, e que impõe ao professor uma atuação diferenciada. A exigência da legislação do PROEJA na questão de número mínimo de ofertas de vagas atuou em descompasso com a formação inicial dos professores para atuar no PROEJA. A aproximação das orientações curriculares aos professores pode ajudar ou não, às necessidades de desenvolvimento do currículo integrado. Além disso, observa-se a dificuldade de conceber o curso a partir do Documento Base do PROEJA, visto que em vários artigos isso foi destacado como um obstáculo para a compreensão e definição das estratégias de integração.

No currículo integrado apresentado pela instituição, os professores não vão decidir suas posições frente a integração no vazio. Eles levam em consideração vários outros fatores, como: realidade e contexto vivido, normas e administração, política curricular, experiências anteriores, necessidades dos estudantes, outros. Sua ação está condicionada ao seu espaço de atuação. A atuação do professor no PROEJA vai trazer à luz as concepções de sociedade e de educação que ele carrega. Também será definidor a compreensão que ele tem do mundo do trabalho para desenvolver ou não, uma educação emancipatória.

Será nas atividades/experiências integradas ou interdisciplinares planejadas pelo grupo docente que se poderá observar a concepção de qual perspectiva de integração é dominante no grupo. Além da concepção de integração no currículo, temos que enfatizar que nessas atividades/experiências demonstram também qual é a compreensão de currículo que o professor detém: instrução ou processo? A reflexão na ação tem que servir de base da escolha dos elementos práticos do currículo integrado. Como faltam exemplos ?imitáveis? e a descrição de casos, a prática real de atividades integradas fica prejudicada.

Portanto, o currículo integrado moldado pelos professores pode ser frágil por não contemplar a integração, mas a interdisciplinaridade. Para haver interdisciplinaridade, o diálogo entre disciplinas pode acontecer pontualmente e envolvendo parte dos professores, de preferência, os que desejam e percebam que seu campo de conhecimento dialoga com a temática. Destacamos também que os professores utilizam de mecanismos de segurança pessoal e profissional, que regulam sua prática e a simplificam, alterando estratégias pedagógicas complexas por outras, que já possuem experiência e segurança de atuação. O novo paradigma de integração deve ser construído coletivamente para poder conter a simplificação e o reducionismo do currículo integrado.

A práxis na perspectiva que defendemos, tem como propósito a superação das relações sociais e educativas capitalistas, propondo uma concepção antagônica a visão de uma educação profissional apoiada no instrumental mercantil, no pragmatismo do ?saber fazer?, primando pela construção dialética do conhecimento, ao articular o trabalho com a produção da vida, da cultura e da ciência. O trabalho assume a centralidade como práxis, possibilitando a recriação do mundo material e cultural, em consequência das múltiplas necessidades humanas. Essa práxis marxista se compromete com a construção plena do homem e vincula a educação a um projeto de sociedade não-capitalista, que tem como o projeto práxico de vida a superação do capital.

O currículo integrado em ação é o resultado práxico de todo o planejamento desenvolvido e moldado pelos professores. A práxis curricular integrada assume significado na prática pedagógica que está expressa nas atividades pensadas como geradoras de integração. Essas práticas são condicionadas por inúmeros fatores, tais como: tradição metodológica, contexto organizativo, financeiro, espacial, outros. Pode haver no contexto escolar impedimentos vários no processo de ação do currículo, como greve, paralisações, falta de professores, falta de condições físicas e estruturais, outras. Esses impedimentos são imprevisíveis e podem afetar profundamente o processo de formação humana e integral, na perspectiva emancipatória.

O projeto integrador ou interdisciplinar é o modelo mais adotado pelas instituições como promotor da integração ou articulação entre as formações. Na totalidade das instituições pesquisadas, a perspectiva e concretização do currículo integrado é interdisciplinar, pois envolve algumas disciplinas, pontualmente, para promover um conhecimento/temática com a contribuição de outros campos do conhecimento.

Na configuração do currículo integrado realizado percebe-se a necessidade de estabelecer uma série de atividades em sequência para dar sentido unitário a um conhecimento ou temática maior. Como a organização das disciplinas é fragmentada, com intervalos e horários entrecortados, essa perspectiva totalizante do conhecimento é prejudicada. A concepção do projeto integrador vem atender essa perspectiva, criando um espaço semanal para que o estudante possa desenvolver várias atividades que se complementam como um conhecimento específico do seu itinerário formativo. A operacionalização dessa concepção de Projeto Integrador exige um processo de construção continuada do grupo de docentes e, quando o Projeto Integrador não tem esse propósito, ele se torna mais uma disciplina a ser desenvolvida de forma isolada.

A avaliação do processo de ensino-aprendizagem é centralizadora das atividades desenvolvidas na instituição de ensino. As ações desenvolvidas terão como resultado uma apreciação e, o processo é tão condicionante, que atualmente os estudantes só estudam o que vai cair na prova e, se não houver ?nota?, eles não se preocupam em estudar, como se na escola eles não estivessem lá para estudar. Da mesma forma, o professor só planeja atividades que tenham como fim uma ?nota?, pois é a forma de controlar os estudantes e manter o poder em sala. Quase nenhuma atividade é pensada como aprofundamento e enriquecimento.

Essa perspectiva avaliativa é transposta para o currículo integrado. Apesar do perfil do estudante ser de adultos e trabalhadores, a inflexibilidade de atender esse perfil com métodos específicos, diálogos, roda de experiências, trabalhos em grupos e resolução de problemas, promove outra exclusão/interrupção escolar para esse público, que por motivos diversos retornou seus estudos após um certo tempo.

Infelizmente, o PROEJA é conceituado pelos docentes e gestores como um curso ?problemático?, seja pela evasão ou alto índice de reprovação. Certamente, o estudante trabalhador que está sem ritmo de estudo e afastado da rotina escolar, precisa ser acolhido de forma diferenciada pela instituição. Ao retomar os estudos, ele observa que não tem material didático, flexibilidade nos horários de entrada e saída, na frequência, na quantidade de conteúdos desenvolvidos, na falta de recurso financeiro, entre outros, e, invariavelmente, ele vai optar por interromper seus estudos novamente. Por isso que os números do PROEJA são desanimadores, fazendo com que algumas instituições se recusem ou adiem essa oferta, e outras coloque no Programa a culpa por esses resultados.

Podemos então constatar que a avaliação interna do currículo integrado pode desencadear para os estudantes evasões e retenções escolar, e, para a instituição, a suspensão da oferta de cursos ou uma oferta integrada precarizada.

A partir daqui, iremos detalhar melhor as perspectivas de integração encontradas nos relatos dos trabalhos acadêmicos.

Integração a partir das disciplinas

Essa organização do currículo integrado que parte de formalizar a integração através de atividades interdisciplinares compreende a integração como interdisciplinaridade. É importante conceituar melhor o termo interdisciplinaridade:

[...] se estabelece uma interação entre duas ou mais disciplinas o que resultará em intercomunicação e enriquecimento recíproco, promovendo uma transformação de suas metodologias de pesquisa em uma modificação de conceito de terminologia fundamentais, etc. (SANTOMÉ, 1998, p. 73).

Essa proposta de formação interdisciplinar é rica e permite uma infinidade de organização de atividades ao longo do curso. Tem como pressuposto que toda proposta de mudança parte do confronto entre os conhecimentos sistematizados analisados e refletidos a luz da realidade e da prática social.

Essa proposta se concretiza a partir da construção pelos docentes, podendo ainda existir a participação dos discentes, em atividades interdisciplinares em torno de temáticas, conceitos e problemas, ou temas geradores. As atividades pedagógicas são pensadas a partir de demandas de formação e necessidades de aproximações com conteúdo e contextos específicos. Também podem ser concebidas no sentido de proporcionar ao estudante a compreensão de um conhecimento que tenha relação com as duas áreas de formação ? básica e específica.

Nessa perspectiva, o currículo foi concebido atendendo aos objetivos das duas formações, sem estabelecer a priori nenhum vínculo ou relação. Ou seja, não foi concebido, durante a construção do curso, nenhum mecanismo de integração.

Geralmente, na matriz curricular desses cursos, as formações ? básica e profissional ? aparecem numa organização linear e vertical, permitindo que o processo formativo do estudante tenha uma sequência formativa. Dessa forma, fica a cargo da gestão pedagógica do curso, ou dos docentes, a organização desses eventos interdisciplinares que serão desenvolvidos no período letivo.

Veja abaixo a figura adaptada da matriz curricular de um curso técnico na modalidade PROEJA:



Figura 2: Integração a partir das disciplinas (interdisciplinaridade)
Fonte: Elaboração da própria autora.

Os planos de cursos não contemplam no seu texto escrito nenhuma organização de atividades integradas, mas no desenvolvimento e oferta do curso, algumas propostas pontuais são discutidas e implementadas com vistas a articulação entre as formações.

Apesar do plano de curso não contemplar mecanismos de integração, ele a determina, a partir de concepções e traduções dos documentos norteadores. A instituição escolar pode apostar na elaboração coletiva e periódica de atividades interdisciplinares, ficando a cargo da iniciativa da gestão pedagógica, ou dos docentes do curso, mobilizar esforços no sentido de promover atividades entre as disciplinas.

Cabe aqui algumas observações à guisa de sistematização:

- Existe um esforço em desenvolver atividades interdisciplinares, podendo ser no início do semestre ou ano letivo.

- De forma pontual, alguns professores desenvolvem ações interdisciplinares, desenvolvendo aulas compartilhadas, encontros temáticos, portafólios etc.

- Após o curso aprovado e implantado, como o plano de curso não expressa na matriz curricular as atividades integradas, os docentes que chegam na instituição, buscam no plano a ementa da sua disciplina, que é, na formação básica, equivalente aos conteúdos do ensino médio. A tendência desses professores é desenvolver em sala a ementa da disciplina, sem preocupação com interdisciplinaridade.

Integração a partir de módulos/núcleos/áreas/eixos e projetos

Sacristán (2000) denomina de unidades didáticas, centros de interesses, projetos de aprendizagem, núcleos interdisciplinares, módulos curriculares etc., os diversos movimentos pedagógicos que apelam para a cultura do currículo integrado.

Essa perspectiva de integração está expressa nos projetos/planos de cursos técnicos na configuração da sua matriz curricular que procura contemplar a integração das áreas/núcleos e que desenvolva projetos integradores/interdisciplinares.

Nesse sentido, além da relação nominal de disciplinas, a matriz curricular apresenta os elementos previstos de integração. A formação humana e integral é concebida através da necessidade de criar conexões e estabelecer relações no desenvolvimento do trabalho pedagógico.

A disciplina que tem como proposta a realização de atividades que integram disciplinas e desenvolvem atividades vinculadas ao perfil profissional é chamada de Projeto integrador.

Em cada período letivo, os professores se reúnem para definir um projeto em que todos, ou pelo menos a sua maioria, contribuam com os conhecimentos da sua área de formação, para que os estudantes possam desenvolver uma série de atividades pedagógicas que tenham como objetivo conhecer o objeto do Projeto Integrador na sua totalidade, ou seja, um conhecimento ampliado do tema, assunto ou situação-problema-desafio[8]. Como exemplo, o projeto integrador pode se tornar no curso integrado, num dispositivo articulador entre as formações básica e profissional.



Figura 3: Integração a partir do projeto integrador
Fonte: Elaboração da própria autora.

Nessa concepção de currículo integrado, a criação de uma disciplina ou atividade pedagógica, que tem como objetivo a elaboração pelos estudantes de práticas integradas e que promove a articulação entre as duas formações, é a forma mais desenvolvida atualmente.

Nessa configuração, os conteúdos definidos pelos docentes em cada área de conhecimento são os mesmos dos currículos oficiais, não havendo nenhuma seleção específica.

Os núcleos são agrupamentos de disciplinas que tem em comum um objetivo de formação. Podem ser denominados de várias formas, como: básico; politécnico; tecnológico; preparação para o trabalho etc. A constituição de núcleos/áreas/eixos e projetos pretendem agrupar conhecimentos que oriunda das formações básica e específica, para desenvolver atividades pedagógicas integradas.

Observe a seguir o exemplo de uma matriz curricular que expressa a construção desses mecanismos de integração:



Figura 4: Elementos para a integração curricular
Fonte: Elaboração da própria autora.

No texto dos projetos/planos de cursos que se propõem integrar a formação básica com a formação profissional, existiu a preocupação de promover uma formação que atenda os princípios da integração. Essa proposta de integração tem que ser construída e avaliada de forma permanente, envolvendo todos os atores que desenvolvem esse trabalho pedagógico: estudantes, docentes e gestores.

Para além da organização curricular baseada nesses mecanismos, as disciplinas continuam trabalhando os conteúdos previstos na base comum curricular, atendendo os requisitos básicos dessa área/núcleo formativo.

Existe a preocupação de integrar a partir desses mecanismos, mas o fazer pedagógico de cada componente curricular continua sendo desenvolvido conforme a base curricular comum. Também o núcleo/área da formação profissional não sofre modificações, passando a ser distribuído conforme o período letivo do curso.

O movimento práxico do currículo está expresso nos eventos e projetos integrados, que cumprem a tarefa de desenvolver a formação humana e integral.

Essa concepção de integração se baseia em práticas interdisciplinares, onde os professores de uma formação, pouco ou nada conhecem das especificidades de outro campo do conhecimento, buscando a interdisciplinaridade através do diálogo de conteúdos e não do perfil profissional ou itinerário formativo. Os professores da formação geral participam de um processo formativo laboral, sem conhecer o mesmo, para que possam fundamentá-lo.

Nessa perspectiva de organização curricular a integração não é considerada a partir do itinerário formativo, pois o estudante não tem acesso ao conhecimento laboral na sua totalidade. O trabalho como princípio educativo não é possibilitado na ótica da emancipação. Desenvolver práticas laborais no curso não pode ser confundido com o trabalho como princípio educativo.

Integração a partir do itinerário formativo do perfil profissional do curso

Durante a construção curricular do curso, partimos da elaboração debatida sobre o itinerário formativo para balizar o percurso formativo do estudante no curso. Creio ser necessário explicar melhor a conceituação de itinerário formativo. A Resolução CNE/CEB nº 6, de 2012 discrimina assim o conceito:

§ 3º Entende-se por itinerário formativo o conjunto das etapas que compõem a organização da oferta da Educação Profissional pela instituição de Educação Profissional e Tecnológica, no âmbito de um determinado eixo tecnológico, possibilitando contínuo e articulado aproveitamento de estudos e de experiências profissionais devidamente certificadas por instituições educacionais legalizadas (BRASIL, 2004).

Como pode-se observar, o termo utilizado na Legislação está adequado a compreensão de um percurso formativo ao longo da vida, passando pelas etapas articuladas de formação ? FIC, técnica e tecnológica ? a partir de um eixo tecnológico.

Quando citamos aqui o conceito de itinerário formativo, estamos nos detendo na organização de um itinerário formativo dentro de um curso técnico, ou seja, uma organização horizontal de campos do conhecimento para o alcance do percurso formativo. Isso quer dizer que, para o estudante alcançar sua diplomação no perfil profissional, ele tem que desenvolver uma formação continuada, estabelecido por um percurso definido previamente no plano de curso, podendo desenvolver etapas de qualificação, ou seja, aperfeiçoamento, que podem ser demarcadas por saídas intermediárias ou eixos de formação. O conceito de escola unitária, conforme Gramsci (2001) preconiza o itinerário formativo comprometido com o desenvolvimento omnilateral do educando, pautado no princípio educativo do trabalho em sua unidade com a ciência e a cultura, para superar a dualidade existente entre educação geral e profissional.

Nessa proposta de construção do currículo integrado, existe a preocupação de pensar a formação no curso a partir da totalidade, ou seja, a partir da compreensão dos docentes da formação básica e profissional, sobre as especificidades da formação laboral e da sua constituição ao longo do tempo.

A configuração do currículo integrado a partir do itinerário formativo do curso obedece a uma sequência de estruturação a partir da construção coletiva dos docentes do curso na formulação do plano de curso.

A primeira preocupação na construção coletiva do currículo integrado do curso, é reunir os docentes das duas formações para construírem juntos o itinerário formativo do perfil profissional do curso. Algumas questões são discutidas: Qual a historicidade dessa ocupação profissional? Como atualmente ela está inserida no mundo do trabalho? Na formação do estudante, quais são as etapas/elementos fundantes para a formação do técnico? O que devemos privilegiar nesse percurso? É possível formar nesse percurso etapas, eixos ou ciclos de formação? Geralmente, os docentes da formação regular não conhecem em detalhes como é formado o profissional naquele ofício.

Por consequência do desconhecimento de quais conteúdos são necessários para o estudante se formar profissionalmente, o docente da formação geral passa a compreender como disciplina que fundamenta a constituição do profissional no perfil definido. Ele passa a compreender a sequência ou etapas do percurso formativo, contribuindo a partir daí, na discussão e construção das mesmas. Ele poderá analisar, a partir do seu campo de conhecimento, quais seriam os conteúdos/assuntos que contribuiriam para atender o itinerário formativo do estudante no curso, ao longo dos períodos letivos. Essa primeira etapa é primordial e todos os docentes precisam conhecer em detalhes, como se forma um técnico naquele perfil profissional do curso.



Figura 5: Integração a partir do itinerário formativo
Fonte: Elaboração da própria autora.

Conforme a imagem acima, a composição do currículo integrado não está definida a priori em matrizes curriculares da base comum, mas parte do itinerário formativo do curso. Dessa forma, o que vai compor o currículo integrado será o resultado da construção do percurso formativo do estudante, ou seja, no final do processo de construção.

Toda formação profissional é desenvolvida em etapas. Cabe fazer essa discussão no coletivo para a definição e formalização de etapas de terminalidade ao longo do curso, que podem ser certificadas. O grupo de docentes precisa discuti-las, pois elas serão orientadoras de formação.

Na figura a seguir, exemplificamos os elementos/mecanismos de integração que devem compor o currículo integrado.



Figura 6: Elementos para a integração curricular a partir da definição do percurso formativo do estudante
Fonte: Elaboração da própria autora.

Todos esses elementos integradores do currículo são necessários também para a formação humana e integral no curso, mas são agregados a eles outras referências e discussões para o alcance da integração, da concepção do objetivo geral do curso até a definição das ementas das disciplinas. Nesse processo de discussão coletiva de um currículo integrado, existe a prioridade por estruturar o desenho curricular a partir do percurso formativo no curso. Nada de somar ementas de disciplinas, nada de transferir conteúdo da base comum para o curso, se esses não dialogarem com os eixos e mecanismos de integração.

Toda essa discussão irá construir um itinerário formativo do técnico, sendo que essa compreensão se dará por todos os professores do curso integrado, podendo cada um definir, a partir dessas etapas, eixos ou ciclos, o que vai desenvolver no sentido de potencializar a formação profissional do estudante, que frequentemente desenvolve uma aprendizagem descontextualizada e distante do mundo experiencial dele.

No currículo integrado o conhecimento é apropriado na sua totalidade que promove a formação humana e integral na educação de jovens e adultos. É imperativo que possamos desenvolver o resgate da escola como lugar de memória onde todos possam pensar de modo orgânico e criativo projetos autônomos educação, ampliando a perspectiva de um projeto educativo que tenha como premissa o conhecimento em rede e na sua totalidade, ou seja, na necessidade de integrar a educação profissional com a educação básica.

Após a construção das etapas formativas do curso por todos os docentes, são definidos os eixos do curso: transversal e integradores. O eixo transversal do curso é definido a partir da missão da instituição e do objetivo geral do curso. Os eixos integradores vão dar centralidade a formação, pois possibilitam o diálogo entre as disciplinas no período letivo.

A partir dos eixos integradores definidos por período letivo, os docentes do curso vão definir as temáticas do projeto integrador, observando também o itinerário formativo. O projeto integrador do curso surge da relação entre o itinerário formativo e o desenvolvimento da práxis política-educativa. Essa práxis é a mobilizadora de ações que promovem a compreensão da natureza e exercício da profissão, permitindo que o estudante desenvolva a inserção práxica desde o primeiro módulo, garantindo uma sequência de aprofundamento dos estudos de acordo com o itinerário formativo, a partir do trabalho coletivo pelos estudantes, promovendo o compartilhamento de vivências e experiências e a compreensão de uma visão totalitária sobre o processo de produção, permitindo que o estudante analise as relações existentes na atuação do profissional, no contexto social, político, trabalhista e ambiental.

Dessa forma coletiva, concebem-se várias atividades que se relacionam com a situação-problema-desafio do eixo integrador. Esse processo é o mais decisivo-incisivo e revelador da possibilidade-viabilidade do currículo integrado da educação profissional integrada à educação de jovens e adultos. Todas as disciplinas podem propor atividades ou contribuir para a compreensão dos alunos na busca de soluções para resolução da situação-problema-desafio.

Para exemplificar, o esquema a seguir reflete a discussão do percurso formativo do estudante no módulo I, do curso técnico em administração. Na primeira etapa do itinerário formativo, os estudantes desenvolverão atividades voltadas para a identificação, categorização, classificação, conceituação, discriminação e a organização do primeiro, segundo e terceiro setor. Todo a trajetória do aluno já foi discutida e construída pelo grupo e vamos apenas fazer um recorte de como ficou a organização do primeiro período escolar, na instituição por mim pesquisada. Veja o esquema a seguir a partir do exemplo no Curso Técnico em Administração:



Figura 7: Esquema de discussão da ênfase que as disciplinas desenvolverão, segundo a primeira etapa do itinerário formativo.
Fonte: Elaboração da própria autora.

Observe que nessa lógica de organização do currículo, a integração não parte da possibilidade de trabalhar conhecimentos comuns entre disciplinas (interdisciplinaridade), e sim da possibilidade de contribuir com a formação do estudante para o alcance dos objetivos do Projeto Integrador, todos relacionados com o itinerário formativo do curso.

Após a construção pelos docentes de toda a trajetória do estudante no curso, definindo os eixos e os projetos de integração, é hora de definirmos os mecanismos de integração a partir do projeto de integração definido, que são os eventos de integração e práticas integradas. Os mecanismos podem ser definidos para o final de cada período, para os estudantes apresentarem suas pesquisas/produções em feiras, seminários, oficinas etc. Seriam momentos de culminância do processo de aprendizagem. Como exemplo de uma prática integrada, pode-se utilizar a elaboração de avaliações integradas, com questões que se articulam e se relacionam.

Dessa forma, os docentes de cada componente curricular do período letivo irão selecionar os conteúdos que sintonizam com os eixos integradores e os projetos integradores, dando suporte a formação integrada para o perfil profissional do estudante. Os conteúdos selecionados deverão dialogar durante todo o período com o eixo e projeto integrador. Para os estudantes, o aprendizado terá mais sentido e conhecimento mais global, ou seja, compreendido na sua totalidade.

O que se pretende é que os docentes, principalmente os de educação básica, consigam compreender as etapas/níveis de formação dos estudantes para a profissão escolhida. Fica mais claro para esse professor como ele poderá contribuir para essa formação, de acordo com o itinerário formativo. A visão de totalidade da formação, proporciona aos docentes a compreensão de como está estruturada a formação dessa profissão no curso. Essa perspectiva de totalidade atende a concepção de integração que estamos perseguindo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A diferença de concepção de integração nessa proposta está na compreensão que para acontecer a integração no curso, ela deve ser pensada na sua origem, através da construção coletiva, com a participação dos docentes de ambas as formações, bem como dos gestores pedagógicos e administrativos. A integração surge de um grupo integrado, pois as especificidades de formação do estudante passam por todos os atores da instituição. A compreensão da formação na sua totalidade favorece a formação integrada, pois o professor não pode trabalhar de forma isolada.

Nessa visão de totalidade, eles rompem com a visão fragmentada e permitem que uma ciência se some as demais, para compor a constituição dos sujeitos na perspectiva histórico-cultural de desenvolvimento humano.

O movimento práxico dessa concepção curricular passa pela construção de projetos integradores a partir do percurso formativo dos estudantes no curso. Dessa forma, o trabalho como princípio educativo se concretiza através das atividades pedagógicas concebidas a partir desses aspectos básicos:

? A importância da práxis política-educativa como mobilizadora de ações que promovem a compreensão da natureza e exercício da profissão, permitindo que o estudante desenvolva a imersão na prática desde o primeiro módulo, garantindo uma sequência de aprofundamento dos estudos de acordo com o itinerário formativo.

? A importância do trabalho coletivo pelos estudantes, promovendo o hábito saudável de convivência, de compartilhamento de vivências e experiências e pela construção de novos conhecimentos.

? Promoção de uma visão de totalidade sobre o processo de produção, permitindo que o estudante compreenda as relações existentes na atuação do profissional, no contexto social, político, trabalhista e ambiental.

Aliado a uma proposta de emancipação social, destacamos o princípio básico da práxis político-educativa como um processo de compreensão e imersão na realidade, sob o prisma do trabalhador, desenvolvendo uma formação pautada no coletivo e fortalecendo sua formação política, seu engajamento social e sua autoeducação para uma atuação revolucionária.

REFERÊNCIAS

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Notas

[1] Doutoranda em Educação pela Universidade de Brasília. E-mail: . ORCID: .
[2] Professor Associado III da Universidade de Brasília. E-mail:
[3] Instituído, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos ? PROEJA está explicitado em legislação própria. Disponível: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/decreto/d5840.htm. Acesso: 27/01/2018.
[4] Data da pesquisa: 18/01/2018. Endereço: http://oasisbr.ibict.br/vufind/
[5] Coleções: Refletindo sobre o PROEJA, Cadernos PROEJA, Reflexões sobre a Teoria e Prática no PROEJA.
[6] Disponível em: http://centralpronatec.com.br/catalogo-cursos-tecnicos/ .
[7] ?O trabalho não produz somente mercadorias; ele produz a si mesmo e ao trabalhador como uma mercadoria, e isto na medida em que produz, de fato, mercadoria em geral. Este fato nada mais exprime, senão o objeto que o trabalho produz, o seu produto, se lhe defronta como um ser estranho, como um poder independente do produtor. O produto do trabalho é o trabalho que se fixou num objeto, fez-se social, é a sua objetivação [...] A efetivação do trabalho tanto aparece como desefetivação que o trabalhador é desefetivado até morrer de fome. A objetivação tanto aparece como desefetivação do objeto que o trabalhador é despojado dos objetos mais necessários não somente à vida, mas também dos objetos do trabalho?. MARX, Karl. Manuscritos Econômicos e filosóficos. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, p.80.
[8] As situações-problemas-desafios são as necessidades econômicas, financeiras, sociais, culturais e afetivas que caracterizam o cotidiano/enfrentado pelos moradores de uma região, como decorrência da lógica excludente inerente à distribuição da riqueza nacional/mundial (REIS, 2011, p. 161). Na perspectiva do projeto integrador, as situações-problemas-desafios estão vinculadas ao itinerário formativo do curso.


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