Artículos Originales

A contribuição do Duolingo na aprendizagem de idiomas e a importância de sua modalidade “Stories” na reprodução de pautas sociais

The contribution of Duolingo to language learning and the importance of its modality “Stories” in the reproduction of social guidelines

Mike Ceriani de Oliveira Gomes
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Brasil

Revista Iberoamericana de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología

Universidad Nacional de La Plata, Argentina

ISSN: 1851-0086

ISSN-e: 1850-9959

Periodicidade: Semestral

núm. 32, 2022

editor-teyet@lidi.info.unlp.edu.ar

Recepção: 21/02/2021

Aprovação: 01/02/2022



DOI: https://doi.org/10.24215/18509959.32.e3

Cita sugerida: M. C. de O. Gomes, “A contribuição do Duolingo na aprendizagem de idiomas e a importância de sua modalidade “Stories” na reprodução de pautas sociais,” Revista Iberoamericana de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología, no. 32, pp. 28-33, 2022. doi: 10.24215/18509959.32.e3

Resumo: O presente artigo tem por objetivo analisar os aspectos sociais nos objetos didáticos utilizado pelo aplicativo de estudo de idiomas Duolingo. Observando a nova modalidade de estudo desenvolvida pelo aplicativo chamada “stories”, constatou-se um potencial inclusivo ao trabalhar com enredos envolvendo personagens com diversas etnias, religiões e orientações sexuais. Esta análise também avalia a resposta de alguns usuários frente a uma lição específica e, por fim, as conclusões do autor sobre a humanização da didática associada à tecnologia.

Palavras-chave: Tecnologia, Didática, Representatividade social.

Abstract: This article aims to analyze the social aspects in didactic objects used by the application of language learning Duolingo. Observing the new study modality developed by the app called “stories”, a representative potential was found when it's working with plots involving characters with different ethnicities, religions and sexual orientations. This analysis included a brief assessment of the response of some users to a specific lesson and, finally, the author's conclusions about the humanization of didactics associated with technology.

Keywords: Technology, Didatics, Social representativity.

1. Introdução

A ascensão tecnológica enquanto ferramenta de ensino nas mais diversas áreas de conhecimento trouxe consigo uma série de preocupações e discussões relacionadas aos limites da tecnologia no processo [1]. Contudo, houve uma recepção satisfatória por parte de pesquisadores que viram na tecnologia uma forma sustentável de transposição dos muros do ambiente formal de ensino através da mesma, mantendo, porém, críticas concisas referentes ao ambiente externo que, direta ou indiretamente, interage dialogicamente com o ambiente escolar, portanto, sofre e exerce influência a partir do uso da tecnologia nos processos pedagógicos [2].

Não se pode negar que a tecnologia é uma realidade que já está viabilizando um novo conceito de educar e aprender. A preocupação dos setores formais de ensino seria então a de mapear os principais problemas gerados e tratáveis pelo uso da tecnologia enquanto ferramenta de ensino e aprendizagem, mas também promover uma ação social acerca desse processo, tomando como premissa o papel da instituição escolar como promotora de desenvolvimento social [3].

Os mesmos princípios que torneiam um processo de ensino e aprendizagem mais autônomos, iniciando a partir dos muros de uma escola, muitas vezes já o vêm fazendo fora dela. Este é o momento em que as atenções se voltam a sujeitos promotores de ensino e aprendizagem fora do ambiente formal, empregando novas abordagens didáticas para conseguirem resultados de excelência. Prova disso é o surgimento e a forte adesão aos softwares e aplicativos de smartphones para a aprendizagem de línguas estrangeiras, a exemplo do Busuu, Babbel e Duolingo. De igual relevância, deve-se destacar a forma como tais empreendimentos pedagógicos puderam alcançar o ambiente escolar, muitas vezes conduzindo algum desenvolvimento em espaços de ensino por vezes estagnados [4].

Vê-se então que a escola pode ser aberta às demandas sociais, ao menos no que se refere a procedimentos mais eficazes no processo de ensino e aprendizagem em determinadas áreas, e assim se pode concluir que fatores externos podem conduzir o ambiente escolar rumo a um progresso pedagógico [5]. Essa discussão, porém, não pode ser finalizada em um boletim satisfatório de notas e faltas. Propõe-se aqui, portanto, adentrar na discussão sobre a função social da escola e como esta deve ser um critério na avaliação de resultados, observando também a importância da escola na formação de cidadãs e de cidadãos, de sujeitos intelectuais, mas também sociais.

A idealização deste artigo parte da observação de uma vasta literatura que discute a função social não apenas da escola, mas da educação de forma geral, e como empreendimentos neste meio podem dialogar com um modelo educacional que visa, junto ao ensino, a promoção de pautas sociais. Foi escolhido o Duolingo para coleta e análises de conteúdo didático, tanto para melhor compreensão de seu template quanto para entender a relação entre seus conteúdos didáticos e as pautas sociais.

2. Material e Métodos

Para a produção do presente artigo foi realizada uma revisão bibliográfica, parcialmente apresentada no texto introdutório e posteriormente citada no decorrer das análises do aplicativo utilizado como objeto de estudo. Tomou-se como critério para a seleção bibliográfica a aplicação de textos e autores que tratam os temas abordados: didáticas alternativas, ambiente de ensino e aprendizagem formal e não formal e, por fim, correlações entre educação e desenvolvimento social. Por tratar temas muito atuais, optou-se por uma revisão bibliográfica que, em termos quantitativos, empregasse mais artigos científicos. Parte deste material também contempla o próprio jogo, Duolingo, do qual estão extraídos alguns fragmentos de aulas que abordam temas sociais – seja por referência direta ou indireta.

Vale lembrar que este jogo apresenta várias possibilidades de idiomas para estudos, oferecendo-os para falantes de muitos outros, igualmente. Para cada falante, há diferentes possibilidades. Por exemplo, os cursos para falantes de Inglês, que contam com uma maior rede de colaboradores, são mais amplos em termos numéricos: Há mais opções de curso, e cada um deles tende a ter mais aulas em relação aos mesmos cursos para outros falantes.

Até a desta consulta (quatro de janeiro de 2021), Catalão era a única opção que não estava disponível a falantes de Inglês, apenas de Espanhol. A organização das aulas, porém, tende a ser padrão, mesmo em cursos mais simplificados quando se observa comparações a cursos mais completos – uma aula focada em um determinado tema, vai se apresentar igual, mudando apenas o idioma de estudo e as traduções quando passado para outro idioma, organizado para outro grupo de falantes.

Como avaliar a qualidade individual de cada curso não faz parte do objetivo deste artigo, foi escolhido apenas um deles, buscando padronizar o processo de análise: O curso de Inglês para falantes de Português, contabilizando um número aproximado de 12,1 milhões de estudantes até o presente momento, sendo também o único curso para falantes de Português que conta com a modalidade “stories”, responsável pela idealização deste trabalho.

3. Análise e Discussões

No ano de 2019 o Duolingo apresentou como inovação sua modalidade Stories, que diversificou do antigo modelo de aulas pela aplicação das aulas em formato de diálogos, enquanto o outro formato tem por foco apresentar exercícios em grandes quantidades, visando à fixação de regras gramaticais e palavras úteis do cotidiano. Em complemento a uma nova abordagem didática, o aplicativo também inova por utilizar como objeto de estudo temas muito usuais do cotidiano de cada estudante, de modo a expor e se contrapor a muitos tabus de representações sexistas, racistas e LGBTfóbicas.

Dentre vários estudos acerca dos fatores que aproximam e afastam estudantes de ambientes educativos, formais e não formais, há necessidade de atenção às percepções de educandas e de educandos frente ao objeto empregado didaticamente no processo de ensino e aprendizagem [6]. Esta reação é resultado de quando a escola perde sua capacidade de contribuir “para a formação de pessoas capazes de se defrontarem com os problemas do seu ambiente” [7, pp. 22].

Entende-se então que, naturalmente, o uso de temas que dialogam diretamente com a realidade de estudantes envolvidos no processo pode ser fator preponderante que justifiquem seus resultados, sejam eles satisfatórios ou insatisfatórios. Neste aspecto, como será mostrado a seguir, Duolingo vem executando um serviço de interesse não apenas pedagógico, mas também social, mostrando de forma natural realidades que se mantêm distantes de livros didáticos utilizados no ambiente formal de ensino.

A figura 1 consiste em um destaque da segunda aula, presente na segunda sessão de aulas no formato stories do Duolingo, no curso de Inglês para falantes de Português. Esta é a primeira aula que toma como objeto de estudo um diálogo protagonizado por uma personagem homossexual, discorrendo um problema conjugal.

Aula 2 da série 2 do Duolingo
stories
Figura 1
Aula 2 da série 2 do Duolingo stories

(Duolingo, 2019)

No trecho em destaque, a personagem relata a um chofer estar indo à Califórnia em lua de mel. Quando o motorista pergunta onde está seu marido, a cliente logo o corrige dizendo que não tem um marido, mas “uma esposa muito difícil”, contrariando a ideia de um modelo familiar singular, muitas vezes tidos como único aceitável perante instituições conservadoras, fenômeno compreendido por “imposição heteronormativa”, entranhada no convívio social com o passar do tempo [8].

Na primeira aula da quarta seção de aulas da modalidade stories há um enredo similar ao da figura 1, dando maior enfoque ao ambiente familiar. Uma jovem, ao apresentar sua namorada à família, a vê acolhida por seus irmãos, tios e avós, mas principalmente por sua mãe (figura 2).

Aula 1 da série 4 do Duolingo
stories
Figura 2
Aula 1 da série 4 do Duolingo stories

(Duolingo, 2019)

Conforme exposto na figura 3, o aplicativo também se compromete com a inclusão religiosa através da utilização de personagens muçulmanas como objeto didático. É recordar que tal material é padronizado, de modo que a mesma aula também é traduzida para falantes de outros idiomas e estudantes de outros cursos, no entanto, não se pode recordar o impacto causado ao público alvo: falantes de Português que estudam a língua inglesa.

Aula 2 da série 26 do
Duolingo stories
Figura 3
Aula 2 da série 26 do Duolingo stories

(Duolingo, 2019)

Pensa-se então no Brasil como território onde se concentra maior parte desse público alvo, visto país com mais falantes de Português, junto a outros oito países que também contam com o idioma como oficial [9].

Ao pensar em Brasil, também se pode pensar na cultura islamofóbica, ou seja, a aversão às muçulmanas e aos muçulmanos, titulação dada a adeptos do Islã. No Brasil, como em vários países, há uma gritante cultura anti-islâmica, entranhada na sociedade, cujos principais modos de exteriorização consistem na difamação pessoal, ameaças, incentivo à segregação e uma equívoca associação de adeptos aos grupos extremistas, movidos a ideais políticos [10].

O mesmo fica perceptível na figura 4, aula em que é relatado o convívio de uma adolescente muçulmana em sua roda de amigos. Duolingo passa a assumir, portanto, um papel de agente educacional pró-inclusão social na contramão da intolerância religiosa.

 Aula 4 da série 4 do Duolingo
stories
Figura 4
Aula 4 da série 4 do Duolingo stories

(Duolingo, 2019)

Outras manifestações progressistas são muito presentes nesta modalidade do Duolingo. A exemplo disso destacou-se a aula 2 da seção 15 (figura 5), cujo enredo consiste em um filho que atende ao conselho do pai de praticar um determinado esporte. Em um primeiro momento, seu pai lhe sugere um esporte envolvendo bolas.

Aula 2 da série 15 do Duolingo stories
Figura 5
Aula 2 da série 15 do Duolingo stories

(Duolingo, 2019)

Relutante, o filho se manifesta contrário a praticar esportes com bolas. Em sequência, seu pai sugere que seu filho pratique natação. No fim, o filho abre ao pai sua vontade de dançar ballet.

A compreensão de uma manifestação progressista do aplicativo nesse caso está na não hesitação do pai ao permitir que o filho dance, mostrando-se animado por sua escolha. Tal posicionamento mostra a necessidade de uma naturalidade a escolhas em diversas áreas que não impliquem em uma separação por gênero, ou seja, mostrar o lado natural em uma menina que opta por jogar futebol ou em um menino que pretende ser dançarino, por exemplo.

Com novas atualizações no ano de 2020, dentro deste mesmo formato de aulas, o Duolingo traz um problema do cotidiano de toda a população mundial com uma aula cujo objeto didático remete ao distanciamento social preventivo durante a pandemia de Covid-19.

Trata-se da aula intitulada “para onde vamos?” (aula 4, série 28) (figura 6), exposta integralmente a seguir:

 Aula 4 da série 28 do Duolingo stories
Figura 6
Aula 4 da série 28 do Duolingo stories

(Duolingo, 2019)

O enredo conta com o protagonismo do menino Nelson e sua mãe, em uma situação que relata a necessidade de distanciamento social, visto que a população local está ficando doente.

Nelson é relatado como um estudante em quarentena com saudades de seu professor, bem como de realizar determinadas atividades que normalmente realiza fora de casa, ao passo que sua mãe assume a função de contê-lo, para que fique em casa e não corra o risco de adoecer também. Para chegar a esse feito, sua mãe adapta um espaço lúdico para estudos, reservado a Nelson, e o (re)apresenta a seu professor no formato de aulas remotas.

Evidentemente, não se espera que o público adulto conheça a situação vivida no enfrentamento ao novo coronavirus (Sars-CoV-2) através de uma aula no Duolingo, mas não se deve destacar o potencial informativo desse modelo de aula para o público infantil. O aplicativo assume então a função de informar e ensinar Inglês de maneira interdisciplinar, mostrando mais uma vez valor agregado à didática.

À parte das características de vestimentas das personagens muçulmanas citadas anteriormente, vale destacar outras características presentes em outros personagens que direta ou indiretamente fazem referência a um intencional processo de inclusão social, a exemplo das muitas faixas etárias presentes – desde crianças, como o dançarino Junior e o estudante em quarentena Nelson até a sogra e avó por afinidade de Shelly.

Voltando brevemente a Shelly (figura 2), além da relação homo afetiva, também se destaca o caráter progressista da aula por expor uma relação inter-racial. No decorrer das aulas, vê-se algo similar às imagens aqui exibidas: animações cujas peles foram ilustradas com vários segmentos.

Ainda que o aplicativo não mostre uma atuação combativa, visto que não trata temas como racismo, sexismo e intolerância religiosa de forma direta, as medidas de inclusão social adotadas revelam o potencial do Duolingo também para chamar os público participante das aulas a debater esses temas, mediante um feedback direto no campo de comentários disponibilizado às usuárias e aos usuários da ferramenta.

O primeiro feedback sobre a aula “lua de mel” foi contrário à proposta. Segundo o usuário (de conta desativada), a existência de um casal homossexual no enredo pode assumir um papel de perversão infantil. A homofobia fica caracterizada no comentário pela mera sugestão de substituição dos personagens, devendo conter nessa lição um casal heterossexual ao invés de um casal homosexual (figura 7).

 Feedback
de usuário sobre a aula “lua
de mel”
Figura 7
Feedback de usuário sobre a aula “lua de mel”

(Duolingo, 2020)

O comentário em questão pode ser enriquecedor ao considerar uma reação direta de um usuário ou de uma usuária à mensagem que o Duolingo intenciona transmitir: uma sociedade é composta por indivíduos de diversas características, dentre elas, a orientação sexual. Há sucesso então se a mera percepção já pode causar alguma reação, seja ela positiva ou negativa à mensagem.

Como também se pode perceber, há a possibilidade de que as opiniões dadas possam receber uma resposta por parte de mais usuárias e usuários. Este destacado conta com um usuário insatisfeito para com a opinião do usuário contra a aula “lua de mel”, porém, o efêmero diálogo entre os dois assumiu uma função mais combativa e ofensiva do que argumentativa (figura 8).

Feedback
de usuário sobre a aula “lua
de mel”
Figura 8
Feedback de usuário sobre a aula “lua de mel”

(Duolingo, 2020)

O diálogo em destaque também se inicia por um usuário insatisfeito para com a aula “lua de mel” pela representatividade homossexual. Segundo o próprio, o problema da lição seria a impossibilidade de dar prosseguimento às outras sem seu cumprimento, algo que ele se nega a fazer em função de sua “crença pessoal”, aparentemente uma crença religiosa, dado sua saudação (“Graça e paz”).

O usuário também salienta estar se sentindo discriminado por conta dessa lição, desconsiderando quaisquer discriminações por ele praticadas, ainda que diga não ser essa sua intenção.

Por outro lado, assim como no diálogo destacado anteriormente, houve uma resposta antagônica por parte de outro usuário, dessa vez com uma abordagem mais pacífica. O usuário contrário ao comentário alega não ter se incomodado com a aula, mesmo não sendo gay, tendo sua crítica embasada no fator inclusivo, em oposição à ideia de que as lições devem ser separadas de acordo com a filosofia de cada usuario (figura 9).

Feedback de usuária
sobre a aula “lua de mel”
Figura 9
Feedback de usuária sobre a aula “lua de mel”

(Duolingo, 2020)

Também houve feedback de usuários que compreenderam o aspecto inclusivo dessas lições, como no diálogo destacado acima. Este apresentou uma tendência em outros com feedback favorável à lição intitulada “lua de mel”: ausência de comentários contrários à primeira postagem, revelando maior tendência reativa partida de usuários favoráveis a tal abordagem.

Das lições mencionadas, “lua de mel” foi a mais citada, claramente em função de sua polêmica. Mesmo usando de vários mecanismos de busca na plataforma, não foi encontrado nenhum comentário em Português sobre questões inerentes à inclusão racial, religiosa, tampouco à aula que faz referência ao distanciamento social preventivo. Ou seja, dentro da plataforma, as representações anti-homofóbicas ainda trabalham em campo mais fértil, o que não deve desviar uma cuidadosa atenção às demais formas de representatividade social.

Conclusões

Consciente ou inconsciente de suas ações, o Duolingo vem mostrado na prática que a educação não tem por único objetivo o ensino de um determinado tema, ela não é neutra frente a muitos dilemas enfrentados no cotidiano. O sistema educativo adotado pelo Duolingo, que como objeto de estudo inclui etnias, religiões e orientações sexuais discriminadas, bem como informações diversas de utilidade pública, revela na idealização do aplicativo um caráter progressista e informativo, juntos à utilização eficaz da tecnologia de modo a interligar tal idealização à sua didática.

A abordagem do Duolingo, representativa ou incômoda para alguns e indiferente para outros, não dita novas ordens no campo social de ensino, algo que sempre foi recorrente desde que as novas abordagens pedagógicas chegaram ao espaço de educação formal. O que não se pode negar, porém, é que para um aplicativo que a princípio se pensava ater meramente às questões didáticas e tecnológicas, influenciar seu público à leitura da realidade social possa exercer uma influência à adesão da mesma agenda progressista a outros empreendimentos educacionais que até então conduziram um rígido trabalho com aparatos tecnológicos e didáticos, mas descuidando das referências de ensino e aprendizagem em campo social, ou seja, de uma associação que entre ensino e aprendizagem de boa qualidade também inclui a leitura de usuárias e de usuários de suas respectivas realidades.

Referências

[1] P. A. Lopes and C. C. C. Pimenta, “O uso do celular em sala de aula como ferramenta pedagógica: Benefícios e desafíos,” Cadernos de Estudos e Pesquisa na Educação, vol. 3, no. 1, pp. 52-66, 2017.

[2] G. Silva and M. A. P. Viana, “As tecnologias na educação: o papel da equipe gestora nas práticas pedagógicas,” Dialogia, no. 32, pp. 183-198, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.5585/Dialogia.n32.7484

[3] M. C. O. Gomes and M. W. T. Piza, “A tecnologia em sala de aula como ferramenta pedagógica: uma perspectiva pela ótica de alunos de uma instituição de ensino no município de Botucatu (SP),” Dialogia, no. 34, pp. 323-336, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.5585/Dialogia.N34.16608

[4] S. O. Gomes, I. A. M. Nobre and M. L. S. Passos, “Uso de Celular em Sala de Aula: Percepções de Alunos em um Curso de Idioma Inglês,” in Congreso Internacional de Informática Educativa, vol. 12, 2016, pp. 69-78.

[5] T. Weisz, O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. 2. ed. São Paulo: Editora Ática, 2009.

[6] M. S. S. Graciani, Pedagogia social. São Paulo: Editora Cortez, 2014.

[7] H. Lück, Pedagogia interdisciplinar. fundamentos teórico-metodológicos. 18. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2013.

[8] R. Miskolci, “Não ao sexo rei: da estética da existência foucaultiana à política queer,” in Michel Foucault: sexualidade, corpo e direito, L. A. F. Souza, T. T. Sabatine and B. R. Magalhães, Orgs., Marília: Oficina Universitária; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011, pp. 47-68.

[9] R. Sousa (2014). Países que falam portugués. Acessado em 06. ene. 2021. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/paises-que-falam-portugues.htm

[10] F. Souza, “Islamofobia brasileira online: discursos fechados sobre o Islam em uma rede social,” Pragmatizes – Revista Latino Americana de Estudos em Cultura, no. 13, pp. 36-52, 2017.

Autor notes

Mike Ceriani de Oliveira Gomes

Aluno Regular de Mestrado Acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Educação pela Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP/Marília (SP), Brasil.

Información de contacto: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. mikegdl@hotmail.com

Informação adicional

Cita sugerida: M. C. de O. Gomes, “A contribuição do Duolingo na aprendizagem de idiomas e a importância de sua modalidade “Stories” na reprodução de pautas sociais,” Revista Iberoamericana de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología, no. 32, pp. 28-33, 2022. doi: 10.24215/18509959.32.e3

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