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EDITORIAL DO VOLUME 7, Nº. 3, DA REVISTA REAMEC
Gladys Denise Wielewski; Marcel Thiago Damasceno Ribeiro; Josefina Barrera Kalhil;
Gladys Denise Wielewski; Marcel Thiago Damasceno Ribeiro; Josefina Barrera Kalhil; Cristiano da Silva Macêdo; Licurgo Peixoto de Brito; Dailson Evangelista Costa; Thiago Beirigo Lopes
EDITORIAL DO VOLUME 7, Nº. 3, DA REVISTA REAMEC
REAMEC – Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, vol. 7, núm. 3, 2019
Universidade Federal de Mato Grosso
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Editorial

EDITORIAL DO VOLUME 7, Nº. 3, DA REVISTA REAMEC

Gladys Denise Wielewski
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Brasil
Marcel Thiago Damasceno Ribeiro
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Brasil
Josefina Barrera Kalhil
Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Brasil
Cristiano da Silva Macêdo
Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Brasil
Licurgo Peixoto de Brito
Universidade Federal do Pará (UFPA), Brasil
Dailson Evangelista Costa
Universidade Federal do Tocantins (UFT), Brasil
Thiago Beirigo Lopes
Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Brasil
REAMEC – Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática
Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil
ISSN-e: 2318-6674
Periodicidade: Frecuencia continua
vol. 7, núm. 3, 2019


1. APRESENTAÇÃO

A Revista da Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática (REAMEC) publica o seu volume 7, número 3, que corresponde ao período de setembro a dezembro de 2019. É o primeiro número da periodicidade quadrimestral da Revista. A partir deste ano passamos a editar três números por ano e seguindo a modalidade de publicação Ahead Of Print (AOP) que consiste em disponibilizar, antecipadamente, os artigos aprovados e editados com o objetivo de agilizar a comunicação científica das pesquisas realizadas. Isto é, na medida que o manuscrito é aprovado e revisado pelo(s) autor(es) a editoração é realizada em seguida e o texto é publicado imediatamente (com o seu respectivo DOI).

A Revista REAMEC publica e divulga pesquisas na área de Ensino de Ciências e Matemática (Área 46 da CAPES). Conforme o seu Foco e Escopo a Revista REAMEC aceita, para publicação, artigos científicos inéditos (ou não), escritos em português, inglês, espanhol, resultantes de estudos teóricos e pesquisas que incidam na produção do conhecimento na área de Ensino de Ciências e Matemática. Aceita pesquisas realizadas nas próprias instituições associadas à Rede (mais de 25), bem como nas demais instituições nacionais e internacionais.

2. SOBRE OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTE NÚMERO

Para este Editorial, elaboramos, a seguir, uma breve apresentação sobre cada artigo publicado neste número, totalizando 22 (vinte e dois) manuscritos, frutos e produtos de pesquisas em Educação em Ciências e Matemática, destacando os principais objetivos, uma síntese metodológica e alguns resultados.

O primeiro artigo intitulado “O CURRÍCULO PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORAS NORMALISTAS EM COLÉGIOS CONFESSIONAIS CATÓLICOS DO SUL DE MATO GROSSO (1959-1963)”, das autoras Giovanna Ellen Oliveira Boni e Edvonete Souza de Alencar, tem como objetivo analisar o currículo de Matemática no período de 1959-1963, mediante as configurações políticas e morais da época, para a formação de professores através do Ensino Normal, ofertada na região do Sul do Mato Grosso em colégios confessionais católicos. A partir da análise de documentos fornecidos pelas instituições, dissertações e pesquisas bibliográficas sobre o currículo no período histórico, os resultados mostram que a Matemática ensinada para os futuros professores está centrada no ensino do sistema de numeração decimal e nas operações aritméticas.

O segundo artigo “ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE EDUCAÇÃO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS”, das autoras Esterline Felix dos Reis, Mônica Feitosa da Costa Sousa, Dilce dos Santos Alves, Maria Iranete Mineiro Pinho e Ivanise Maria Rizzatti, apresenta como principal objetivo investigar se na prática pedagógica de professores de ciências do ensino fundamental e médio de escolas estaduais de Boa Vista (RR) utilizam espaços não formais para o ensino de ciências. Através de questionário com questões subjetivas, as autoras verificaram que os docentes não fazem uso dos espaços não formais em sua prática pedagógica, citando fatores como falta de apoio da escola e inexperiência em como organizar as aulas nesses espaços.

O terceiro artigo “SUPERFÍCIES QUÁDRICAS E O ENSINO DE GEOMETRIA ANALÍTICA: INTERSEÇÕES NA PESQUISA”, dos autores Andressa Franco Vargas e José Carlos Pinto Leivas, objetiva mapear as produções que contemplassem a temática das superfícies quádricas, sua aplicação no eixo da Geometria Analítica e suas possíveis ligações com o eixo da Álgebra Linear. O mapeamento foi realizado em duas plataformas digitais de teses e dissertações. Com a análise das produções, os autores observaram muitas fragmentações com relação ao ensino de Matemática, pois as superfícies quádricas não foram conectadas a nenhum outro conceito/conteúdo, e sim foi trabalhada de forma individual.

O quarto artigo publicado neste número, com o título “A CONCEPÇÃO DE SAÚDE-DOENÇA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA”, dos autores Glenda Gabriele Bezerra Beltrão e José Vicente de Souza Aguiar, tem como objetivo analisar a concepção de saúde-doença inserida nos anos iniciais do ensino fundamental. Foi realizado um estudo bibliográfico e documental em que se buscou reconstruir a historicidade do tema, numa perspectiva teórica a partir de documentos de referência e literaturas da temática em questão, com ênfase na versão final da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e nos Parâmetros Nacionais Curriculares (PCN) em paralelo às discussões teóricas que tratam desse assunto. Os resultados apontam uma pequena modificação na forma de tratar educação em saúde ao mesmo tempo em que destaca a importância da discussão da temática para a promoção em saúde de forma contextualizada.

O quinto artigo intitulado “APRENDIZAGEM MATEMÁTICA E O ENSINO HÍBRIDO: POSSIBILIDADES DE PERSONALIZAÇÃO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL”, das autoras Angelita Maria Schimitz Silva, Cleuma Ferreira Artimandes Morais e Neide Aparecida Costa Tolentino Tiburtino, tem como objetivo propor uma discussão e reflexão acerca das possibilidades de personalização da aprendizagem matemática a partir do ensino híbrido nos anos iniciais do ensino fundamental. A partir de uma pesquisa de cunho bibliográfico, as autoras observaram que o ensino híbrido consiste em um modelo do novo milênio, que vem para atender essa nova geração e ser um aliado dos professores, permitindo criar e recriar diferentes formas de personalização no ensino de matemática.

O sexto artigo “EDUCIÊNCIA: DA INTERDISCIPLINARIDADE AO STEAM”, dos autores Elizabeth Antonia Leonel de Moraes Martines, Leandro Barreto Dutra e Paulo Roberto de Oliveira Borges, tem por objetivo analisar a trajetória do Grupo de Pesquisa Laboratório de Ensino de Ciências (EDUCIÊNCIA) na área de Ensino de Ciências no período de 2002 a 2019, a partir dos conceitos de interdisciplinaridade, transdisciplinaridade e STEAM, desde os primeiros trabalhos interdisciplinares. Conforme os autores, o grupo tem trabalhos na área de produção de material instrucional inovador, mas a ênfase tem sido a formação de professores nas Licenciaturas de Ciências Biológicas, Química, Física e Informática da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e de instituições parceiras como SEDUC, MEC, Institutos Federais, entre outras.

O sétimo artigo deste número “O MULTICULTURALISMO E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS”, das autoras Aparecida Gasquez de Sousa, Maranei Rohers Penha e Érica Jaqueline Pizapio Teixeira, por meio de uma pesquisa bibliográfica, objetiva refletir sobre a inserção do multiculturalismo nos currículos de cursos de formação inicial de professores de Ciências Biológicas. Como resultado, as autoras vislumbram alguns caminhos para a inserção dessa temática nos currículos de formação de professores, tais como dinâmicas de sensibilização de identidades; ancoragem social de conteúdos; necessidade de reescrever o conhecimento a partir da visão dos diferentes grupos, de forma a desafiar a lógica de construção dos conhecimentos que privilegiou o eurocentrismo, o masculino e o branco; e discussões sobre a pseudoneutralidade da Ciência.

O oitavo artigo intitulado “LA SEMIÓTICA EN LA ENSEÑANZA DE LA FÍSICA”, do autor César Mora, apresenta uma breve perspectiva histórica da semiótica e sua origem como ciência dos signos, bem como sua subsequente aplicação à ciência e ao seu ensino. Mostra a importância da transição entre diferentes registros semióticos para obter semiose, o que se traduz no aprendizado correto dos conceitos científicos. Diferentes perspectivas são mencionadas pelo autor para o uso da semiótica no ensino de física.

O nono artigo “A CONSTRUÇÃO DE UM APLICATIVO NO MICROSOFT EXCEL COMO FERRAMENTA MEDIADORA DO ENSINO DE FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NA UNIDADE ESCOLAR PROFESSOR ABELARDO PEREIRA, EM BREJO DO PIAUÍ”, dos autores Ronildo Cavalcante da Silva e Egnilson Miranda de Moura, tem como principal objetivo investigar as contribuições da construção do aplicativo e-trigonoplan, que utiliza a estrutura e os recursos do Microsoft Excel, para o ensino-aprendizagem de funções trigonométricas pelos alunos da 2ª série do Ensino Médio da Unidade Escolar Prof. Abelardo Pereira, em Brejo do Piauí-PI. Foi desenvolvida uma pesquisa de campo, de natureza básica, exploratória e descritiva, mediante abordagem qualitativa. Os resultados apontam um caminho promissor quanto ao uso do aplicativo e-trigonoplan.

O décimo artigo publicado neste número “A OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS NO ACRE: RESULTADOS E INFLUÊNCIA DA VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA”, dos autores Eloi Benicio de Melo Junior, Cleyton Assis Loureiro de Souza e Marcelo Castanheira da Silva, objetivou estudar a participação e o rendimento estadual dos participantes sujeitos à vulnerabilidade social e econômica na Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP) do estado do Acre, durante as edições de 2015 a 2018. Segundo os autores, a pesquisa, de caráter descritivo, utilizou uma abordagem qualitativa, pela qual foram comparados os resultados da primeira e segunda fases, analisando se as condições locais (sociais e econômicas) tiveram influência nos resultados obtidos pelos participantes. Também teve uma abordagem quantitativa, uma vez que os dados referentes à participação nas edições em questão foram analisados. São sugeridas alternativas para difundir a OBFEP no estado, assim como propostas para atenuar as desigualdades escolares, de modo que os resultados positivos na OBFEP sejam consequência de práticas inclusivas e inovadoras.

O décimo primeiro artigo intitulado “FORMAÇÃO CONTINUADA NO ÂMBITO DA I FECITBA: ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA EM ÓBIDOS-BAIXO AMAZONAS-PA”, dos autores Cláudia Silva de Castro, Iata Anderson Ferreira de Araújo e Rosália Campos Oliveira, tem como objetivo analisar percursos e resultados de uma prática de formação continuada para professores da rede pública de ensino em Óbidos-PA, no âmbito da I Feira de Ciências e Tecnologias Educacionais da Mesorregião: do Baixo Amazonas-PA e evidenciar as contribuições das ações desenvolvidas para os processos de integração interinstitucional e expansão das práticas de formação científica e tecnológica na região. Participaram dos encontros de formação 28 profissionais, incluindo docentes e técnicos de 17 instituições. Os resultados alcançados favorecem a integração dos municípios da região em processos diferenciados de formação científica e contribui para a consolidação do papel social da universidade junto à comunidade regional.

O décimo segundo artigo “SABERES CIENTÍFICOS E PEDAGÓGICOS DE CONTEÚDOS DE CIÊNCIAS NATURAIS EXPRESSOS POR PEDAGOGOS DO ENSINO FUNDAMENTAL”, dos autores Zélia Alves dos Santos e Marcel Thiago Damasceno Ribeiro, buscou compreender a experiência de pedagogos ao trabalharem com a disciplina de Ciências Naturais nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Usando como método a pesquisa narrativa, e utilizando questionário e entrevista semiestruturada, os autores apontam que os resultados legitimaram contradições nos relatos dos pedagogos que ensinam Ciências Naturais pois apontam saberes incompletos que podem estar em constituição segundo o desenvolvimento profissional docente.

O décimo terceiro artigo “PRÁTICAS EDUCATIVAS INTERDISCIPLINARES NO ENSINO MÉDIO USANDO ELEMENTOS DA NATUREZA”, dos autores Ercilene do Nascimento Silva de Oliveira e Augusto Fachín Terán, objetivou identificar se na produção científica há pesquisas que evidenciem a temática da interdisciplinaridade com o uso de elementos da natureza como meio facilitador para o ensino. De acordo com os autores, esta pesquisa bibliográfica identificou, a partir do Portal de Periódicos da CAPES, 442 trabalhos, dos quais, 53 tinham relação direta com o termo interdisciplinaridade e Ensino Médio. Como resultado, verificaram uma lacuna em pesquisas sobre o uso dos elementos da natureza numa abordagem interdisciplinar no Ensino Médio.

O décimo quarto artigo intitulado “HISTÓRIA EM QUADRINHOS NAS PESQUISAS SOBRE HISTÓRIA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA (1990-2018)”, dos autores Benjamim Cardoso da Silva Neto, Iran Abreu Mendes e Luiza Pereira da Silva, teve por objetivo identificar e descrever pesquisas sobre História para o Ensino de Matemática, que aliam História da Matemática à história em quadrinhos, por meio de estratégias de criação de propostas didáticas que se conectam ao conhecimento matemático, de maneira lúdica, na promoção de uma melhoria do ensino e aprendizagem dessa disciplina. Assim, foram encontradas duas pesquisas de dissertações de mestrados profissionais que se utilizaram do recurso história em quadrinhos, associada à História da Matemática, para o ensino de áreas de figuras planas, volumes de sólidos geométricos e equações de 2º grau. Os autores apontam como resultado um movimento ainda fraco de produções que tragam contribuições e potencialidades para o uso da História da Matemática em sala de aula.

O décimo quinto artigo deste número “A INSERÇÃO DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS NO CURSO DE PEDAGOGIA”, dos autores Felipe da Costa Negrão e Priscila Eduarda Dessimoni Morhy, tem por objetivo descrever as contribuições da disciplina de Educação em espaços não formais no curso de Pedagogia de uma universidade privada em Manaus, levando em consideração o ineditismo dessa oferta. Os dados refletem a possibilidade do desenho de uma disciplina com teor prático ancorado em pressupostos teóricos, que além de despontarem a aprendizagem significativa, também valorizam a regionalidade presente no Amazonas, ao possibilitar que professores em formação inicial conheçam sua cultura e, ainda, planejem propostas de ensino para uma docência futura.

O décimo sexto artigo “RESTRIÇÕES ARITMÉTICAS NA MULTIPLICAÇÃO E NA DIVISÃO ENVOLVENDO O ZERO: REFLEXÕES SOBRE OS CONHECIMENTOS DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA”, dos autores José Lucas Matias de Eça e Zulma Elizabete de Freitas Madruga, objetivou investigar a compreensão de futuros docentes de um curso de Licenciatura em Matemática sobre as restrições operatórias na multiplicação e divisão nas quais o zero está envolvido. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com seis possíveis formandos de um curso de Licenciatura em Matemática, localizado no estado da Bahia. Os autores constaram que os licenciandos em Matemática em fase final do curso apresentam dificuldades de explicar determinados “porquês” sobre as restrições aritméticas do zero nas operações da multiplicação e divisão.

O décimo sétimo artigo intitulado “O USO DE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO E NO ENSINO DE CIÊNCIAS A PARTIR DE UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA”, das autoras Ana Caroline Lima de Souza e Carolina Brandão Gonçalves, apresenta uma síntese das produções dos cursos brasileiros de pós-graduação, sobre o uso de tecnologia, em particular das redes sociais, para a divulgação científica na Educação e no Ensino de Ciências, utilizando-se do comparativo entre duas metodologias. A coleta de dados se deu no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES, possibilitando conclusões sobre conteúdos abordados, instituições de ensino superior, orientadores, regiões, níveis de formação, anos de defesa, metodologias utilizadas e redes sociais mais pesquisadas.

O décimo oitavo artigo “A ALDEIA E O URBANO NO CONTEXTO DA GLOBALIZAÇÃO: QUESTIONAMENTOS E REFLEXÕES”, dos autores Evaristo Giovannetti Netto, Waldir José Gaspar e Morane Almeida de Oliveira, objetivou discutir as mazelas causadas pela pós-modernidade alimentadas pela globalização e a dominação do sistema capitalista dentro do contexto das minorias inseridas nas cidades, em especial aos indígenas. Os autores apontam que o momento histórico do qual pertencemos, configura-se fluido e tenso, que tendências opostas à individualidade e à globalidade se manifestam na dimensão local, e os atores engajados a estas novas interpretações anseiam por estabelecer um novo corpus teórico capaz de instrumentalizar novas pesquisas e análises.

O décimo nono artigo “EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS/QUÍMICA E ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NA PERSPECTIVA DA FORMAÇÃO CIDADÃ: CARACTERÍSTICAS E TENDÊNCIAS DAS PESQUISAS NACIONAIS”, das autoras Luana Zanelato Amaral, Cleci Teresinha Werner da Rosa e Aline Locatelli, teve como objetivo mapear a produção acadêmica que tratam da alfabetização científica no campo da Educação em Química frente a formação cidadã, observando as características, especificidades e limitações dessas pesquisas. O estudo de abordagem qualitativa e do tipo estado do conhecimento identificou 18 produções. Como resultado, as autoras apontam a existência de pesquisas na temática investigada, entretanto, na perspectiva de fomentar o debate entorno do novo Ensino Médio e da possibilidade de inserir os jovens no mercado de trabalho, percebe-se a necessidade de ampliar os estudos de modo que o ensino de Química/Ciências ultrapasse o de formar jovens para reproduzir técnicas ou usufruir tecnologia.

O vigésimo artigo “O COMPÊNDIO GEOMETRIA ELEMENTAR DE H. B. LÜBSEN: UMA ANÁLISE A PARTIR DE SUAS QUESTÕES CONCEITUAIS E METODOLÓGICAS”, dos autores Antonio José da Silva, Marcos Denilson Guimarães e David Antonio da Costa, apresenta uma análise em perspectiva histórica do Compêndio de Geometria Elementar de H. B. Lübsen, traduzido do alemão para o português por Carlos Jansen, professor do Imperial Collegio D. Pedro II, em 1902. Os autores observaram que esse livro circulou pelo Rio de Janeiro, por São Paulo e pelo Maranhão. Os conteúdos são apresentados via definições, problemas e teoremas que valorizam os aspectos teóricos e algébricos como meios de abreviar as demonstrações geométricas. A obra ainda se intitula de caráter prático, mediante à aplicação dos conceitos na resolução de questões ligadas ao cálculo de distâncias, volumes e nivelamento.

O vigésimo primeiro artigo intitulado “VESTÍGIOS DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM MATO GROSSO: OS PROGRAMAS DE ENSINO PRIMÁRIO DE 1962”, das autoras Josélia de Souza Soares Ferreira e Laura Isabel Marques Vasconcelos de Almeida, tem como objetivo compreender o processo de formação de professores, as instruções dos Programas de ensino que orientavam o trabalho pedagógico e conhecer os saberes elementares necessários para o ensino de Matemática. A metodologia ancora-se na abordagem histórico cultural e tem como fontes de pesquisa os Programas de Ensino Primário do Estado de Mato Grosso de 1962 e depoimentos de protagonistas da época, contribuindo para a historiografia da Educação Matemática de outros tempos. Os dados revelam o currículo de Matemática e demais disciplinas que deveriam ser ensinadas nas escolas públicas primárias e as situações didáticas de ensino que deveriam ser planejadas e executadas pelo professor em sala de aula. Outro destaque são os depoimentos de professoras normalistas sobre os Cursos de Treinamentos, considerados essenciais para a formação de professores primários que lecionaram nas escolas públicas primárias mato-grossenses na década de 60.

Por fim, o último artigo intitulado “PERCEPÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA EM FORMAÇÃO INICIAL ACERCA DO USO DO APLICATIVO PLICKERS COMO FERRAMENTA AVALIATIVA DE APRENDIZAGEM”, dos autores Karem Keyth de Oliveira Marinho, Yuri Expósito Nicot e Elielson Ribeiro de Sales, teve como objetivo investigar a percepção de licenciandos em Matemática sobre do uso do aplicativo Plickers como ferramenta avaliativa de aprendizagem a partir de uma pesquisa qualitativa configurada como participante. Fizeram uso de questionários e observação participante com 11 sujeitos que realizaram uma avaliação formativa utilizando o aplicativo Plickers. Os resultados evidenciam o interesse dos acadêmicos em utilizar o Plickers, na qual indicaram poucas dificuldades de operacionalização e, na medida em que a tarefa era desenvolvida, adotaram uma postura crítica-reflexiva.

3. INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS DA REVISTA REAMEC

É notório o crescimento da Revista REAMEC. Em se tratando de avaliadores ad hoc, hoje temos um total de 164 cadastrados no sistema da Revista. Destes, 121 avaliaram trabalhos publicados no volume 7 distribuído em três números. Todos os avaliadores são docentes doutores e pesquisadores que produzem conhecimento na área de Ensino de Ciências e Matemática, a maioria está vinculada à programas de pós-graduação stricto sensu na área de Ensino e de Educação, orientando e desenvolvendo pesquisas na área 46 da CAPES. Sobre esse aspecto, a nossa meta a curto prazo é alcançar um total de 300 avaliadores para que possamos agilizar, cada vez mais, o processo de avaliação dos manuscritos.

O Quadro 1 a seguir ilustra algumas estatísticas da Revista REAMEC referente ao ano de 2019:

Quadro 1
Estatísticas da Revista REAMEC (Ano de 2019)[8]

Fonte: Plataforma da Revista REAMEC.

Neste ano, conforme já mencionamos, foram publicados três números. Estes compõem o volume 7 que acompanha os 7 anos de existência da Revista REAMEC. Conforme as estatísticas apresentadas no Quadro 1, neste ano de 2019, percebemos que foram publicados 54 artigos científicos, de um total de 129 submetidos à Revista. Com um percentual de 41,9% de artigos aceitos e 34,1% de artigos rejeitados, com um tempo de avaliação próximo a 50 dias e de 70 dias aproximadamente de tempo de duração entre a submissão até a publicação do artigo, evidenciamos o crescimento e melhoramento da Editoração da Revista REAMEC, buscando agilidade e celeridade na divulgação das pesquisas científicas relativas à área de Ensino de Ciências e Matemática. Para manter esse padrão de qualidade e a rapidez destacada, contamos com as contribuições de 121 avaliadores ad hoc que elaboraram pareceres aos artigos submetidos. Cada artigo submetido recebeu de dois a quatro pareceres: dois quando houve pareceres favoráveis, três quando o primeiro ou o segundo parecer não foi favorável e quatro quando o editor necessitou de uma avaliação mais precisa e diversificada sobre alguns textos com temáticas específicas.

4. CONSIDERAÇÕES

Resumimos nossas considerações ao salto quantitativo e qualitativo que a Revista REAMEC desenvolveu neste ano de 2019, desde as mudanças no seu visual (capa, faixa, conteúdo, cabeçalho, rodapé, barra de navegação, folha de estilo, layout), passando pela ampla divulgação na comunidade acadêmica, mudança na periodicidade, manutenção do processo Ahead Of Print, até o início da atualização do projeto da Revista com vistas a indexadores e padrões de qualidade internacionais exigidos pelos órgãos avaliadores de periódicos científicos. E, por fim, agradecemos a todos os leitores, autores e avaliadores pela confiança e pela parceria em prol do melhoramento da Revista REAMEC.

Cuiabá-MT, 31 de dezembro de 2019.

Material suplementar
Notas
Notas
[8] Conferimos cada informação registrada neste Quadro 1 no intuito de informar o quantitativo exato do fluxo de editoração referente ao ano de 2019 e outras informações relevantes. Destacamos que existe uma pequena divergência em relação aos dados informados, automaticamente, pelo sistema da Revista. Conferir em: http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/reamec/about/statistics?statisticsYear=2019.
Quadro 1
Estatísticas da Revista REAMEC (Ano de 2019)[8]

Fonte: Plataforma da Revista REAMEC.
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