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ANÁLISE DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL E DO POTENCIAL DO PAINEL FOTOVOLTAICO NA PERSPECTIVA DE AVICULTORES DE TOLEDO-PR
Alexandre Adilio Luiz da Silva; Adriano Stradiotto; Ana Claudia Saggin;
Alexandre Adilio Luiz da Silva; Adriano Stradiotto; Ana Claudia Saggin; Loreni Teresinha Brandalise
ANÁLISE DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL E DO POTENCIAL DO PAINEL FOTOVOLTAICO NA PERSPECTIVA DE AVICULTORES DE TOLEDO-PR
ANALYSIS OF THE ENVIRONMENTAL PERCEPTION AND POTENTIAL OF THE PHOTOVOLTAIC PANEL IN THE PERSPECTIVE OF POULTRY FARMERS OF TOLEDO-PR
Revista Produção e Desenvolvimento, vol. 3, núm. 1, 2017
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca
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Resumo: Este estudo buscou analisar a percepção ambiental dos avicultores do município de Toledo-PR e sua preocupação ecológica em relação às etapas da ACV - Análise do Ciclo de Vida do Painel Fotovoltaico. A pesquisa caracteriza-se como sendo descritiva e os dados são de fontes primárias. Foi aplicado um instrumento de pesquisa do tipo questionário, adaptado segundo o modelo VAPERCOM. Foi realizada a aplicação do questionário a 66 avicultores, sendo os dados apresentados através de gráficos, quadros e tabelas. Os resultados mostram que o produto, apesar de ser uma fonte de geração de energia limpa e renovável, apresenta gap?s de percepção do consumidor quanto ao seu processo de produção e extração de matéria prima. Identificou-se, ainda, que os pesquisados apresentam pouco conhecimento sobre a ACV e sobre o produto, por não ser muito utilizado na região, influenciando diretamente no comportamento de compra do consumidor.

Palavras-chave: acv,percepção ambiental,sustentabilidade,agronegócio,painel fotovoltaico.

Abstract: The present study aimed to analyse the environmental perception of poultry farmers of Toledo-PR city and their concern about the stages of (LCA) ? Life-Cycle Analysis of the Photovoltaic Panel. The research is characterized as descriptive and the data is of primary sources. A research instrument type questionnaire, adapted according to the VAPERCOM model was, applied. The questionnaire was carried out at 66 poultry farmers, the data being presented through graphs, charts and tables. The results show that the product, in spite of being a source of clean and renewable power generation, presents the consumer's perception gap as to their process of production and extraction of raw materials. It was found also that the respondents have little knowledge of the LCA and the product, that not widely used in the region, directly influencing the consumer buying behavior.

Keywords: lca, environmental awareness, sustainability, agribusiness, photovoltaic panel.

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ANÁLISE DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL E DO POTENCIAL DO PAINEL FOTOVOLTAICO NA PERSPECTIVA DE AVICULTORES DE TOLEDO-PR

ANALYSIS OF THE ENVIRONMENTAL PERCEPTION AND POTENTIAL OF THE PHOTOVOLTAIC PANEL IN THE PERSPECTIVE OF POULTRY FARMERS OF TOLEDO-PR

Alexandre Adilio Luiz da Silva
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil
Adriano Stradiotto
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil
Ana Claudia Saggin
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil
Loreni Teresinha Brandalise
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil
Revista Produção e Desenvolvimento
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, Brasil
ISSN-e: 2446-9580
Periodicidade: Frecuencia continua
vol. 3, núm. 1, 2017

Recepção: 01 Fevereiro 2017

Aprovação: 02 Maio 2017


1. INTRODUÇÃO

O Brasil deverá ofertar internamente, em 2016, mais de 286 milhões de toneladas equivalente de petróleo (TEP) em energia para movimentar sua economia, e deste total 43,9% são representados por fontes de energia renovável, o que coloca a matriz energética brasileira como sendo uma das mais limpas do mundo ( MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA ? MME, 2016).

Em setembro de 2015 o Brasil formalizou à Organização das Nações Unidas ? ONU seu compromisso em reduzir as suas emissões de carbono em 37% em relação ao ano-base de 2005. Para esse desafio o país precisará percorrer um longo caminho, pois também não poderá abrir mão da melhoria nos seus indicadores socioeconômicos, elevando os padrões de vida para se equiparar aos países desenvolvidos e reduzindo o índice de pobreza. Para tal, fatalmente será necessário aumentar o consumo de energia para fazer frente ao seu crescimento econômico, o que pode dificultar ao país conseguir realizar esse compromisso até 2030, mantendo sua eficiência energética ( EPE, 2016).

A energia solar aparece como uma forte tendência de alternativa energética, principalmente com o aumento do consumo de energia trazido pelo crescimento econômico dos países em desenvolvimento, como citam ( CECONI, et al., 2010). Diante do crescimento econômico e populacional, percebe-se que o comportamento do consumidor e suas expectativas aumentam em relação à qualidade de vida; com isso, percebe-se também um crescimento na quantidade de energia necessária para manter esse padrão de vida, ao mesmo tempo em que aumenta a utilização ineficaz e o desperdício ( RÜTHER, 2010).

Como forma de colaborar nesse ambiente de preocupações sócio-ambientais, a Análise do Ciclo de Vida do produto (ACV) é uma forma de avaliar os possíveis impactos ambientais quantitativos e qualitativos gerados por bens de consumo e serviços em todo o seu processo produtivo, distribuição, consumo e descarte ou reciclagem. Esse método permite que empresas e organizações possam realizar uma análise prática dos impactos ambientais causados por seus produtos ou serviços, e assim desenvolver um programa para contribuir com o meio ambiente, evitando ou até eliminando formas poluidoras, e promovendo uma condição de vida mais saudável ( BLAICH; PINATTI, 2008).

Os produtos com tecnologia verde, ou seja, que têm seu processo de desenvolvimento e produção baseados no desenvolvimento sustentável, trazem inovação criativa e produtiva, gerando valor à empresa ou organização, e se expandindo para a sociedade na propagação de um meio ambiental mais saudável (SANTOS; OLIVEIRA, 2014). Neste sentido, os painéis fotovoltaicos são vistos como um produto verde, gerando energia limpa em um cenário de escassez de energia, o que viabiliza essa alternativa tecnológica com forte tendência de consumo e utilização devido à sua capacidade sustentável e renovável de gerar energia. Buscando contribuir com esse cenário de preocupações sustentáveis, a presente pesquisa visa responder a seguinte questão: qual a percepção dos avicultores na Análise do Ciclo de Vida dos painéis fotovoltaicos?

Neste sentido, este estudo tem como objetivo analisar o grau de percepção ambiental dos avicultores e sua preocupação ecológica em relação às etapas da ACV dos painéis fotovoltaicos. Esse produto é baseado em alta tecnologia e tem um grande potencial para geração de energia, podendo, assim, promover novos desafios sociais e rever posicionamentos nas questões climáticas diante do esgotamento dos recursos, além de contribuir significativamente para a segurança energética da população, de uma empresa, segmento e até mesmo de uma nação ( HOPPMANN et al., 2014). A importância do estudo também se justifica pela responsabilidade crescente das empresas perante a sociedade, uma vez que a percepção dos consumidores torna-se a cada dia um fator crucial para formulação de suas estratégias e o planejamento de novas ações; busca-se, então, aumentar o nível de gestão empresarial assumindo que as expectativas e avaliações dos consumidores são muito relevantes para a sua competitividade e permanência no mercado ( BRANDALISE, 2008, p. 135).

Assim, o presente estudo foi organizado da seguinte forma, após essa primeira parte introdutória: em sua segunda parte, apresenta-se a revisão de literatura abordando os temas pertinentes; na terceira, os procedimentos metodológicos utilizados para o desenvolvimento da pesquisa, abordados de forma qualitativa e quantitativa; na quarta seção, apresenta-se a análise dos resultados; e por fim, na quinta, as considerações finais, limitações do estudo e sugestões para pesquisas futuras.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Para atingir os objetivos propostos, o estudo apresenta uma pesquisa do tipo levantamento de dados; segundo Gil (2008), este método busca conhecer o comportamento de determinadas pessoas, solicitando informações acerca do problema estudado, para que posteriormente possam ser desenvolvidas as análises e conclusões dos dados coletados. O estudo também é caracterizado como pesquisa descritiva, onde segundo Vergara (1998) o foco é expor as características de uma determinada população ou fenômeno.

A pesquisa foi aplicada em julho de 2016, e a população estudada foi estimada através do levantamento de campo desenvolvido no município de Toledo, localizado na Região Oeste do Paraná, onde foram identificados 202 avicultores. Segundo Gil (2002), o levantamento necessita representar a população analisada, e somente poderia expressar 100% da realidade caso fosse aplicado sobre a totalidade da população.

O critério para seleção das amostras foi definido de forma aleatória, sendo que o parâmetro estimado para o nível de confiança foi de 95%, admitindo-se uma margem de erro máxima de 10% para mais ou para menos. O tamanho da amostra foi constituído de 66 avicultores, conforme a equação para estimativa da amostragem definida por Barbetta (2007):

Onde:

  1. E 0 = erro amostral tolerável;

  2. N = tamanho da população;

  3. n = tamanho da amostra.

O instrumento para coleta de dados da pesquisa foi composto com base no modelo Brandalise (2008), denominado de VAPERCOM. Este modelo foi desenvolvido considerando: VA = variável ambiental; PER = percepção; e COM = comportamento de compra. O questionário foi adaptado para o alcance dos objetivos propostos, sem alterar a intenção proposta pelo modelo.

A partir disso, os dados primários foram obtidos pela aplicação do questionário composto por quatro conjuntos de questões fechadas e de múltipla escolha, no qual as alternativas seguem o modelo VAPERCOM. Para a análise dos dados, tabulação e qualificação utilizou-se o auxílio de softwares e planilhas eletrônicas, e através desse processo foram obtidos os resultados analisados. Quanto aos dados secundários, estes foram obtidos através de consultas a material bibliográfico e documental, sempre pertinentes ao estudo.

2.1 Sobre o Modelo VAPERCOM

O modelo VAPERCOM foi desenvolvido com o objetivo de buscar informações sobre a percepção do consumidor, sempre admitindo a questão ambiental nas etapas da ACV, e contemplando uma busca secundária para o quesito da competitividade organizacional ( BRANDALISE et al., 2009).

Como essência do modelo VAPERCOM, consideram-se três variáveis que influenciam o consumidor e seu comportamento de compra, os quais sejam: a variável ambiental; os estímulos internos e externos, que impactam na percepção do consumidor e no processo de compra; e as influências sociais, mercadológicas e situacionais ( BRANDALISE, 2006).

A aplicação dessa ferramenta passa por quatro etapas, que podem assim ser enumeradas: etapa 1 - caracterização do produto e do consumidor; etapa 2 ? identificação dos indivíduos pesquisados, de sua percepção ambiental, do consumo ecológico e da visão quanto às etapas da ACV ? Análise do Ciclo de Vida do Produto; etapa 3 - apontamento das discrepâncias entre as características do produto e as que o consumidor identifica; e etapa 4 ? identificação de oportunidades de ações ( BRANDALISE, 2006).

3. REVISÃO DE LITERATURA

Neste item são apresentados os conceitos relativos aos temas da Análise do Ciclo de Vida do produto (ACV), da percepção do consumidor, da sustentabilidade no agronegócio e dos painéis fotovoltaicos.

3.1 Análise do Ciclo de Vida do produto (ACV)

Adicionalmente aos fatores ambientais, a ACV estuda os impactos potenciais ao longo da vida de um produto, indo do seu berço ao seu túmulo, passando pela compra da matéria prima, processo produtivo, utilização e descarte. Essa técnica é muito valiosa por permitir avaliar os aspectos ambientais e impactos causados por um determinado produto ( ABNT NBR ISO 14040, 2001).

Sendo uma técnica que avalia o desempenho ambiental de determinado produto ou serviço, a ACV também qualifica a energia e matéria prima utilizadas no ciclo produtivo ou do serviço prestado, identificando pontos de emissões de poluentes para a água, solo e ar que são oriundos do desenvolvimento dessa atividade (). Através dessa avaliação e identificação dos gargalos que causam danos ao meio ambiente e prejudicam a qualidade de vida, permite a identificação de oportunidades de melhoria e aperfeiçoamento do processo produtivo, implicando em práticas voltadas à preservação dos recursos naturais ( QUEIROZ e GARCIA, 2010).

A consciência ambiental desponta como fator relevante na sociedade, tornando-se tema presente em muitos estudos acadêmicos que denotam forte preocupação com a sustentabilidade; isso vem influenciando muitas empresas em sua busca pela vantagem competitiva, fazendo com que busquem absorver o fato de que qualquer produto provoca impacto no meio ambiente ( BRANDALISE, 2010, p.148). Considerando estes aspectos, aliados à crescente escassez dos recursos energéticos, a utilização de painéis fotovoltaicos surge como uma forte tendência, diante do seu potencial econômico e sócio-ambiental, principalmente quando utilizado em um setor onde a energia é essencial e impactante no custo do produto.

3.2 Percepção do consumidor e percepção ambiental

Sabe-se que uma das variáveis que mais afeta a decisão do consumidor no momento da uma compra é a relação com o preço e o desconto oferecido, percebendo-se que sua resposta pela aquisição do bem ou serviço sofre a influência direta desses fatores ( ISABELLA et al., 2012).

Surgindo como um novo vetor a ser estudado, o comportamento de consumo ambiental aparece como preocupação crescente na área de marketing. Neste aspecto, pesquisas revelam que existe um distanciamento entre a consciência ambiental e o comportamento de consumo; os produtos ofertados, segundo essa hipótese, são apenas mecanismos de propaganda, não recebendo a preferência dos consumidores. Entretanto, cada vez mais esses indicadores estão sendo minimizados pela crescente preferência dos consumidores em relação aos produtos ecologicamente corretos ( FREDERICO; QUEVEDO-SILVA; FREIRE, 2013).

A responsabilidade social das empresas e a percepção do consumidor devem estar baseadas em uma consciência clara dentro da esfera econômica, social e ambiental. É necessário que, ao serem protagonistas em seus atos de compra e produção, busquem informar, sensibilizar, mobilizar e motivar as mudanças de atitudes e comportamentos da sociedade consumista. Todas as ações individuais na esfera do consumo, independentemente de serem pessoas físicas ou jurídicas, são vistas como uma boa estratégia de mudanças rumo à sustentabilidade ( BRANDALISE, 2010, p. 105).

Outro fator expressivo é o desenvolvimento sustentável, que aborda uma visão compartilhada de esforço mútuo das empresas em se manterem comprometidas na minimização dos impactos ambientais causados pela sua produção de bens ou serviços. Essa visão apresenta-se como oportunidade de vantagem competitiva, motivando a introdução de novos recursos tecnológicos, inclusive através de parcerias com outros países que já estejam em grau mais avançado de vivência sócio-ambiental ( CHENG, FET e HOLMEN (2010).

3.3 Sustentabilidade no agronegócio

O agronegócio é atividade âncora da economia brasileira, gerando empregos, equilibrando a balança comercial, evitando a importação e garantindo alimentos a custos acessíveis e com alta qualidade, promovendo a economia e gerando riquezas ao país. Porém, agregados a esses benefícios vêm sempre a preocupação e os desafios para o setor; um desses grandes desafios é o constante crescimento da percepção da população com relação à sustentabilidade ambiental, trazendo ao debate uma produção cada vez mais sustentável e com menor impacto ao meio ambiente ( CLAUDINO; TALAMINI, 2013).

O desenvolvimento sustentável abrange três pontos fundamentais, os quais promovem os ambientes ecologicamente correto, socialmente justo e economicamente viável. Uma visão geral sobre o agronegócio, considerando as oportunidades e desafios desse setor, considera todo o processo de produção, financiamentos, políticas, tecnologias, uso racional dos recursos e, finalmente, a sustentabilidade do negócio ( FERNANDES 2010).

Diante desse ambiente produtivo, todas as variáveis produtivas impactam diretamente no ambiente ao seu redor. E o equilíbrio entre essas variáveis e o meio-ambiente permite que as organizações produtivas alcancem uma atuação sustentável, que será fator-chave para o seu sucesso junto ao mercado onde atuam, e à sociedade onde estão inseridas. Cada vez mais os consumidores adquirem consciência crítica com relação aos cuidados para com o meio-ambiente, e esse aspecto passa a influenciar diretamente no seu comportamento de compra.

3.4 Painéis Fotovoltaicos

Os painéis solares fotovoltaicos não geram emissões de poluentes, apresentando-se como fonte de energia limpa, se comparados ao uso de fontes de carvão ou gás; entretanto, seu uso associado a bancos de baterias podem significar certo impacto ambiental e preocupação quanto à poluição residual. A fabricação dessas baterias e seus componentes, incluindo aí o seu descarte, podem trazer danos ambientais; entretanto, alternativas encontradas como na Alemanha permitem a reciclagem de quase 100% desses componentes, podendo servir de modelo para os demais países ( HOPPMANN et al., 2014).

No Brasil, a Resolução Normativa 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL determina que os sistemas fotovoltaicos integrados à rede das operadoras não utilizem banco de baterias, armazenando ?créditos? da energia gerada na própria rede da concessionária de energia. Para tal, utilizam-se medidores especiais de energia elétrica (bidirecionais), os quais medem tanto a energia consumida da rede da concessionária quanto a energia que foi fornecida pelo sistema fotovoltaico para essa mesma rede. Assim, dispensa-se o uso de bancos de baterias, tornando a solução adotada no Brasil ainda mais sustentável ( ANEEL, 2012).

No ano de 2013 eram encontrados pequenos projetos de produção baseados nesta fonte de energia renovável; já em 2015 o cenário torna-se mais otimista, diante da escassez de fontes geradoras na matriz energética convencional brasileira e do crescimento dos preços praticados pelas concessionárias de energia elétrica. Esses fatos viabilizaram ainda mais os projetos de construção de parques solares. Outro fato importante foi a aprovação da lei que isenta de cobrança de impostos a importação de componentes para a fabricação dos painéis fotovoltaicos, além do projeto em andamento que solicita a isenção de tributos federais sobre os equipamentos ( ORGIS, 2015). A verdade é que a energia fotovoltaica está crescendo no Brasil, e esse fato acompanha a queda do custo de geração de energia, conforme apresentado na Figura 1.


Figura 1
Custo de geração de energia fotovoltaica (em US$/KWh)
Adaptado de ORGIS, 2015.

Como fica claro na figura acima, verifica-se uma queda acentuada no custo de geração de energia fotovoltaica nos últimos anos, principalmente diante do emprego de novas tecnologias de produção e dos crescentes (ainda que tímidos) incentivos governamentais. Assim, tem-se um cenário cada vez mais favorável ao emprego dessa alternativa de geração renovável de energia elétrica.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nesta seção são apresentados os resultados da pesquisa, seguindo as etapas do modelo VAPERCOM, bem como discussões teóricas acerca dos resultados obtidos. Como ponto de partida, é apresentada na primeira etapa a caracterização do produto objeto do estudo.

4.1 Caracterização do produto

Os painéis fotovoltaicos são formados pela associação de dois ou mais módulos fotovoltaicos, sendo esses formados basicamente por uma associação de células fotovoltaicas, e tendo por função converter a energia do sol em energia elétrica. Quando esses sistemas são conectados à rede pública de distribuição de eletricidade, passa a ter a função de operar como um gerador de energia elétrica, que acumula créditos em energia na rede elétrica da concessionária.

Os sistemas fotovoltaicos podem ser baseados em diversas tecnologias, porém sua matéria prima bruta principal é o silício, o qual deve possuir um grau de pureza extremamente elevado. Esse silício é encapsulado com vidro fotovoltaico, que necessita ser ultra-puro e com baixo teor de ferro, desenvolvido para refletir menos a luz e absorver o máximo de energia solar que passar por ele. Toda essa estrutura de módulos solares é fixada através de estruturas metálicas, normalmente manufaturada com alumínio, de forma a aumentar sua durabilidade e diminuir o peso total da estrutura nos locais de instalação. Esse arranjo de painéis solares é conectado a um dispositivo denominado inversor, o qual transforma a energia gerada em corrente contínua para corrente alternada, de forma a adequar essa energia para conexão à rede da concessionária. Além desses equipamentos, o sistema conta com dispositivos de proteção contra surtos, choques, curto circuitos e descargas atmosféricas, além de um completo sistema de aterramento.

O quadro 1apresenta a caracterização do produto objeto do estudo, e os aspectos relacionados nas etapas da ACV.

Quadro 1
Etapas da ACV e Aspectos Relacionados

Adaptado de Brandalise ( 2008, p.150)

Nas etapas de matéria-prima e processo de produção, o painel fotovoltaico apresenta um desempenho mediano, uma vez que seus insumos originam-se do extrativismo mineral e apresentam certo grau de degradação ambiental.

Quanto ao seu processo produtivo, demanda um volume considerável de energia e gera resíduos sólidos e emissões de poluentes, o que acarreta uma característica ambiental fraca. Por outro lado, as etapas de utilização, pós-utilização e descarte apresentam em grande parte características fortes, devido à durabilidade e longevidade do produto. Ao mesmo tempo, por seus componentes serem em grande parte de plástico e vidro, apresentam grande potencial de reutilização e reciclagem.

Na fase seguinte deste modelo, identifica-se o perfil do público alvo, sua percepção ambiental e do consumo ecológico, bem como sua preocupação nas etapas da ACV.

4.2 Conjunto 01 ? Caracterização do pesquisado

Conforme os dados coletados, a questão gênero mostra que 94% dos pesquisados são do gênero masculino, e 6% apenas representam o gênero feminino, conforme apresentado no Gráfico 02. Quanto à faixa etária dos pesquisados, podemos verificar que 47,69% estão entre 41 e 55 anos de idade, conforme mostra o Gráfico 03.


Gráfico 02
Sexo dos pesquisados
Questionário aplicado (2016)


Gráfico 03
Faixa etária dos pesquisados
Questionário aplicado (2016)

Na continuidade das análises, as questões estão voltadas ao perfil dos pesquisados, conforme apresentado na Tabela 01. Nessa fase investiga-se sobre os custos com energia elétrica em cada propriedade, devido ao objeto do estudo ser uma fonte de energia renovável. Quanto a essa questão, observa-se que 43,08% tem custo entre R$ 1.501,00 a R$ 3.500,00. Quanto à questão da principal fonte para obtenção de informações sobre o meio ambiente, constata-se que 84,62% das fontes são através da mídia (televisão, internet, rádio, etc.). Sobre o conhecimento sobre ACV, 70,77% dos pesquisados não conhece sobre o assunto. Para concluir a análise do perfil do pesquisado, questionou-se sobre o conhecimento a respeito do impacto causado pelo painel fotovoltaico, mesmo sendo um produto gerador de energia limpa, onde 60% dos pesquisados respondeu que não tinha conhecimento sobre esse fato.

Tabela 01
Perfil dos pesquisados

Questionário aplicado (2016)

Na sequência, são apresentados os dados referentes ao conjunto de questões voltadas à percepção ambiental dos pesquisados, considerando os elementos redução, reutilização e reciclabilidade dos recursos.

4.3 Conjunto 02 ? Percepção ambiental

A Tabela 02mostra a frequência das respostas em relação às questões 07 a 11 do instrumento de coleta de dados. Os totais apurados em cada questão foram: A=101, B=82, C=95, D=33 e E=19. Observa-se que a alternativa A (Sempre) é a que mais se destaca, seguida por C (Algumas vezes), aparecendo nas questões 10 e 11.

Tabela 02
Frequência de respostas do conjunto percepção ambiental

Questionário aplicado (2016)

Neste conjunto apresentam-se as médias e o tratamento estatístico de pontuação, de acordo com os pesos e elaboração do grau de percepção ambiental. Conforme apresentado na Tabela 03, foram as seguintes frequências de respostas obtidas: A (sempre) = 4 pontos; B (frequentemente) = 3 pontos; C (algumas vezes) = 2 pontos; D (pouquíssimas vezes) = 1 ponto e E (nunca) = 0.

Tabela 03
Alocação dos pesos e mensuração de grau de percepção ambiental

Questionário aplicado (2016)

A Tabela 04classifica o grau de percepção ambiental dos pesquisados. O valor alcançado de 2,6 foi obtido de acordo com os pesos alocados a cada alternativa, e o resultado mostra que os pesquisados possuem percepção ecológica.

Tabela 04
Classificação do grau de percepção ambiental da amostra

Questionário aplicado (2016)

Na sequência do levantamento, apresentam-se os dados referentes ao conjunto de questões voltadas ao consumo ecológico, ou seja, como é o comportamento de compra e consumo dos pesquisados, considerando os elementos materiais renováveis, consumo de energia na utilização do produto, a vida útil do produto, reutilização e reciclabilidade. As questões de 12 a 21 são apresentadas na Tabela 05.

4.4 Conjunto 03 ? Conjunto ecológico

A frequência de respostas foi: A=121, B= 106, C= 236, D= 124 e E= 73. Observa-se que a alternativa C é a que mais se destaca, não sendo a mais apontada apenas nas questões 15 e 18. Conclui-se, então, que os pesquisados algumas vezes buscam melhorar continuamente seu modo de consumo. Destacam-se as respostas das questões 15, onde a alternativa A foi destaque quanto à valorização do fabricante ecologicamente correto, e destaque para a alternativa A na questão 18, mostrando consciência perante o consumo de energia na compra de produtos.

Tabela 05
Frequência de respostas do conjunto consumo ecológico

Questionário aplicado (2016)

Para a análise deste conjunto é apresentada a Tabela 06, a qual apresenta os valores às respostas: A (sempre) = 4 pontos; B (frequentemente) = 3 pontos; C (algumas vezes) = 2 pontos; D (pouquíssimas vezes) = 1 ponto e E (nunca) = 0.

Tabela 06
Alocação dos pesos e mensuração de grau de consumo ecológico

Questionário aplicado (2016)

O resultado obtido foi um Grau de Consumo Ecológico de 2,1. Conclui-se, conforme mostra a Tabela 07 abaixo, que os pesquisados possuem potenciais possibilidades de tornarem-se consumidores ecológicos.

Tabela 07
Classificação do grau de consumo ecológico da amostra

Questionário aplicado (2016)

A questão número 22 do instrumento de coleta de dados é referente especificamente ao produto objeto do estudo, onde se questiona quanto ao pesquisado já utilizar painéis fotovoltaicos. Neste quesito, constatou-se que 100% dos pesquisados não utiliza o produto. O principal motivo identificado é em relação ao preço, onde 62,12% dos pesquisados assinala ser esse o maior motivo de não consumo desse produto.

O alto valor do investimento para a instalação de painéis fotovoltaicos é discutido em estudos nacionais e internacionais sobre o tema e é destacado como um dos principais motivos da baixa utilização dos sistemas fotovoltaicos em áreas rurais. Byrne et al. (2005) em seu estudo ainda concluem uma inviabilidade na utilização de energia fotovoltaica em aviários, devido ao subsídio fornecido pelo governo norte americano aos produtores rurais sobre o valor da energia elétrica das redes públicas. Nascimento (2011), em sua análise de viabilidade, corrobora com tais constatações.

Outra parte dos pesquisados (37,88%) ainda não conhecem o produto painel fotovoltaico. Esse resultado indica para uma oportunidade de divulgação e utilização dos painéis fotovoltaicos no meio rural, pois como indicado nos estudos de Van Campen, Guidi e Best (2000) e Byrne et al. (2005) os sistemas fotovoltaicos são utizados internacionalmente na produção avícola tanto de frangos de corte quanto em granjas de produção de ovos.

O conjunto 04, que comporta as questões 23 a 37, representa o último conjunto do instrumento de coleta de dados, e investiga sobre as etapas da ACV, tais como a preocupação quanto às características ambientais nessa etapa, estágios do ciclo de vida do produto, desde a matéria prima ao descarte.

4.5 Conjunto 04 ? Etapas da ACV

As frequências observadas nesse conjunto são: A=210, B= 242, C= 344, D= 189 e E= 5. O destaque foi a ?Média preocupação?, que teve a maioria em todos os totais parciais, conforme mostra a Tabela 08. Em outras palavras, não há uma efetiva preocupação em relação ao ciclo de vida do produto, o que pode justificar o não conhecimento das etapas da ACV. Podemos destacar que os produtores em sua maioria têm uma certa preocupação com o meio ambiente, o quesito ?nenhuma preocupação? foi pouco utilizado nas escolhas.

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Tabela 08
Classificação do grau de consumo ecológico da amostra

Questionário aplicado (2016)

Conforme a Tabela 09 que se refere à alocação dos pesos e mensuração do grau de preocupação com a ACV, o valor obtido foi de 2,4.

Tabela 09
Alocação dos pesos e mensuração do grau de preocupação com a ACV

Questionário aplicado (2016)

O resultado mostra uma mediana preocupação com o ciclo de vida do produto, conforme apresentado na Tabela 10. Essa mensuração pode ser justificada devido ao fato de que poucos produtores conhecem ou ouviram falar sobre ACV, sabendo a importância em relação aos cuidados com o meio ambiente e a correta utilização dos recursos naturais, as respostas em torno da ?mediana preocupação? foi considerada uma opção razoável e expressa essa dúvida entre eles.

O baixo conhecimento sobre ACV no meio rural é explicado por Claudino e Talamini (2013) como decorrência da baixa quantidade de pesquisas com essa abordagem no Brasil, apesar de ser um tema que vem ganhando espaço pela conscientização e preocupação da população com processos de produção mais limpos.

Tabela 10
Classificação do grau de preocupação do consumidor quanto à ACV

Questionário aplicado (2016)

4.6 Comparação entre as características do produto e as que o consumidor percebe

Nesta etapa, apresenta-se o mapeamento do produto e a percepção ecológica do consumidor em relação às etapas da ACV, com base no Quadro 01. Para evidenciar a discrepância entre as características do produto nas etapas da ACV, e as características que o consumidor pesquisado observa nestas mesmas etapas, foi desenvolvida a Tabela 11 como instrumento auxiliar a este mapeamento.

Tabela 11
Mapa do produto e da preocupação do consumidor amostrado

Questionário aplicado (2016)

Conforme apresentado na Tabela 11, o consumidor tem uma mediana preocupação com as características do produto nas etapas da ACV, conforme demonstrado na Tabela 10. O produto, por sua vez, apresenta algumas características distintas em relação à percepção dos consumidores.

O Gráfico 05ilustra os Gap?s existentes entre as características do produto, destacados pela linha azul (contínua), e a preocupação do consumidor em relação às etapas da ACV, destacados pela linha vermelha (tracejada).


Gráfico 05
Representação polar da caracterização do produto e da preocupação do consumidor nas etapas da ACV
Questionário aplicado (2016)

A quarta etapa apresenta a definição de oportunidades de ações e melhorias, passíveis de implantação nas etapas da ACV.

4.7 Identificação de oportunidades de ações

Conforme o mapa do produto demonstrado na Tabela 11, o mais relevante gap do painel fotovoltaico é identificado em seu processo de produção. Mesmo se tratando de um produto geralmente importado, sua produção gera alguns impactos ambientais e emissão de poluentes, além de utilizar considerável quantidade de energia em sua produção, opondo-se ao seu propósito próprio de gerador de energia limpa e renovável.

Em relação ao gap identificado no mapa perante a preocupação do consumidor, a qual apresenta mediana preocupação nas etapas da ACV, este pode ser justificado pela falta de conhecimento a respeito dos painéis fotovoltaicos e seu processo de produção. Ao mesmo tempo, essa percepção também pode estar ligada à questão da baixa utilização desse produto na região, que distancia ainda mais o consumidor em relação às características do produto.

5. CONCLUSÃO

O presente estudo contribui para o entendimento da percepção ambiental dos avicultores e sua preocupação ecológica em relação às características sócio-ambientais do painel fotovoltaico, desde a aquisição da matéria-prima até seu descarte.

Os avicultores pesquisados buscam melhorar continuamente seu modo de consumo indicando a existência de potenciais possibilidades de tornarem-se consumidores ecológicos. Além disso, destaca-se que os avicultores em sua maioria têm relativa preocupação com o meio ambiente, evidenciando-se, assim, a existência de percepção ecológica no público analisado.

Uma das grandes contribuições trazidas por esta pesquisa é a identificação da importância em se conhecer as etapas da ACV de um produto. No caso específico do painel fotovoltaico, identificou-se que apesar de ser um gerador de energia limpa e renovável, apresenta um significativo impacto negativo ao meio ambiente com relação à extração de sua matéria prima e ao consumo de energia em sua produção.

Em relação à percepção dos avicultores sobre as etapas da ACV do painel fotovoltaico, constatou-se mediana preocupação, evidenciando a inexistência de uma preocupação efetiva acerca da análise do ciclo de vida dos painéis fotovoltaicos, que pode ser justificada pelo baixo conhecimento do produto e também das etapas de seu ciclo de vida.

Com relação à utilização dos painéis fotovoltaicos nas propriedades avícolas, contatou-se que dentre os pesquisados não há utilização dessa fonte de energia renovável. Os motivos identificados nessa pesquisa que levam à não utilização da energia fotovoltaica é o valor do investimento necessário e em grande parte dos casos a falta de conhecimento sobre esse sistema de geração de energia.

Com o desenvolvimento desta pesquisa foi possível identificar a forte preocupação dos avicultores com o consumo de energia em sua propriedade, permitindo inferir que políticas de divulgação ao uso de painéis fotovoltaicos poderiam estimular a utilização desse tipo de energia nas propriedades avícolas.

Para o meio empresarial, a ACV é uma importante ferramenta e que possibilita uma melhor gestão através do conhecimento do produto e do seu público alvo. Essa tomada de consciência empresarial pode ser muito impactante no processo de tomada de decisão, tanto quanto a mudanças nos níveis estratégico, tático ou operacional da organização, sempre buscando a perfeita harmonia entre esferas econômica, social e ambiental.

Material suplementar
Gratidão

Os autores agradecem aos revisores da Revista Produção e Desenvolvimento pelas sugestões e recomendações para aprimoramento do artigo.

REFERÊNCIAS
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Notas

Figura 1
Custo de geração de energia fotovoltaica (em US$/KWh)
Adaptado de ORGIS, 2015.
Quadro 1
Etapas da ACV e Aspectos Relacionados

Adaptado de Brandalise ( 2008, p.150)

Gráfico 02
Sexo dos pesquisados
Questionário aplicado (2016)

Gráfico 03
Faixa etária dos pesquisados
Questionário aplicado (2016)
Tabela 01
Perfil dos pesquisados

Questionário aplicado (2016)
Tabela 02
Frequência de respostas do conjunto percepção ambiental

Questionário aplicado (2016)
Tabela 03
Alocação dos pesos e mensuração de grau de percepção ambiental

Questionário aplicado (2016)
Tabela 04
Classificação do grau de percepção ambiental da amostra

Questionário aplicado (2016)
Tabela 05
Frequência de respostas do conjunto consumo ecológico

Questionário aplicado (2016)
Tabela 06
Alocação dos pesos e mensuração de grau de consumo ecológico

Questionário aplicado (2016)
Tabela 07
Classificação do grau de consumo ecológico da amostra

Questionário aplicado (2016)
Tabela 08
Classificação do grau de consumo ecológico da amostra

Questionário aplicado (2016)
Tabela 09
Alocação dos pesos e mensuração do grau de preocupação com a ACV

Questionário aplicado (2016)
Tabela 10
Classificação do grau de preocupação do consumidor quanto à ACV

Questionário aplicado (2016)
Tabela 11
Mapa do produto e da preocupação do consumidor amostrado

Questionário aplicado (2016)

Gráfico 05
Representação polar da caracterização do produto e da preocupação do consumidor nas etapas da ACV
Questionário aplicado (2016)
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