Dossiê

Músicas, crianças e educação: paradigmas de pesquisa, ação e formação

Viviane Beineke *
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Brasil

Revista Orfeu

Universidade do Estado de Santa Catarina, Brasil

ISSN: 2525-5304

Periodicidade: Semestral

vol. 2, núm. 2, 2017

revistaorfeu@gmail.com

Publicado: 19 Dezembro 2017



Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação.

Músicas, crianças e educação: podemos olhar para as relações entre essas palavras sob diversas perspectivas. Podemos colocar as músicas no centro, refletindo sobre suas funções na sociedade, ou como são transmitidas às crianças. Podemos também pensar em como as crianças produzem e significam a música em suas vidas; a educação também pode estar em primeiro plano, voltando o olhar para a formação de professores, para fatores motivacionais, metodologias de ensino, ou para a seleção de conteúdos musicais na escola; e podemos seguir deslocando olhares, criando interfaces e jogando com os muitos sentidos e possibilidades de pesquisa que podem ser tecidas em torno das músicas, das crianças e da educação.

Essas interações e cruzamentos de olhares são inerentes à educação musical, que se caracteriza pela pluralidade de perspectivas e abordagens. Como explica Queiroz (2010, p. 116),

[…] a educação musical, enquanto área de conhecimento, abrange o estudo de qualquer processo, situação e/ou contexto em que ocorra transmissão de saberes, habilidades, significados e outras aspectos relacionados ao fenômeno musical, tanto no que se refere aos aspectos sonoros quanto no que concerne a dimensões mais abrangentes da música enquanto expressão cultural, o que significa lidar com toda a gama de aspectos que caracteriza tal fenômeno, tais como estruturas sonoras, habilidades de execução, correlações performáticas e, consequentemente, processos, situações e estratégias diversas de transmissão de saberes. (QUEIROZ, 2010, p. 116-117).

Músicas, no plural, enfatiza a ideia de variedade de práticas e significados musicais, de diversidade. As músicas são fatos sociais, e “o conceito antropológico de ‘música’ deveria ser, portanto, provisório e sensível à variedade de significados atribuídos, em diferentes partes do mundo, ao som humanamente organizado” (BLACKING, 2007, p. 213). Segundo o autor, isso implica que os mesmos padrões sonoros possam ter significados diferentes em diversas sociedades, considerando que diferem os contextos sociais. Blacking (2007) desafia:

Se nós soubéssemos mais sobre a “música” como uma capacidade humana, e sobre seu potencial como força intelectual e afetiva na comunicação, na sociedade e na cultura, poderíamos usá-la amplamente para melhorar a educação geral e construir sociedades pacíficas, igualitárias e prósperas no século XXI, assim como nossos ancestrais pré-históricos usaram-na para inventar as culturas a partir das quais todas as civilizações se desenvolveram. (p. 216).

No campo semântico, Javeau (2005, p. 382) discute as distinções entre criança, infância e crianças. O autor explica que o termo “criança” tem conotação psicológica, decorrente das disciplinas originadas da psicologia comportamental que discutem as fases de desenvolvimento da criança. A infância, por outro lado, é um paradigma que se inscreve numa perspectiva demográfica, relacionada às faixas de idade, como da adolescência, da idade adulta ou da terceira idade. O terceiro campo semântico, segundo argumentação de Javeau (2005, p. 384), é o das crianças, que assume uma coloração antropológica.

Segundo esse paradigma, as crianças devem ser consideradas uma população ou um conjunto de populações com pleno direito (científico), com seus traços culturais, seus ritos, suas linguagens, suas “imagens-ações” ou, menos preciso no tempo, e no espaço, com suas estruturas e seus “modelos de ações” etc. (JAVEAU, 2005, p. 385).

O termo crianças também remete à pluralidade, ao movimento gerado em olhares que favorecem tanto as diferenças como aquilo que é semelhante. Permite pensar em pesquisas que buscam enxergar as crianças enquanto culturas de pares, como sujeitos em constante movimento na sociedade, e na ideia de que elas produzem cultura e conhecimento (AZEVEDO; BETTI, 2014, p. 296). Como argumenta Fernandes (2016, p. 763), isso implica mobilizar novos posicionamentos metodológicos e éticos que considerem que não há uma infância homogênea, mas uma diversidade de infâncias.

As crianças são seres únicos e cada uma possui sua própria maneira de se comunicar e de se expressar no mundo. Algumas falam com as palavras e o corpo ao mesmo tempo, enquanto outras falam mais com o olhar, outras com desenhos, ou escrita, ou ao brincar. Cada uma delas tem sua própria característica, seu próprio jeito de demonstrar como é e o que pensa. (AZEVEDO; BETTI, 2014, p. 301).

Campbell (2006) percebe um movimento da comunidade científica, em diversas disciplinas, como Antropologia e Sociologia, em busca de saber como as crianças agem em seus contextos sociais e culturais, com a finalidade de conhecê-las mais amplamente, reconhecendo que elas aprendem de uma forma que é unicamente delas. Segundo a autora, tradicionalmente a Antropologia estava mais concentrada em saber o que os adultos faziam ou ofereciam às crianças, assumindo que elas recebiam passivamente as expressões artísticas e linguísticas dos adultos. Na Sociologia, por outro lado, as pesquisas se voltavam para os processos de socialização das crianças e como elas eram influenciadas e modeladas pelo mundo adulto, em vez de examinar os processos pelos quais elas constroem seus próprios mundos sociais.

Apoiada na Sociologia da Infância, Fernandes (2016, p. 761) avalia que ainda possuem uma história relativamente recente as pesquisas em que as crianças são consideradas atores sociais que desempenham um papel importante na construção de conhecimento acerca delas mesmas. Ouvir o que as crianças têm a dizer é um passo importante nessa direção, como explicam Azevedo e Betti (2014).

Quando nos dispomos a ouvi-las, contribuímos também para a diminuição da distância existente entre adultos e crianças, e nos tornamos participantes (embora não pares) da vida social e cultural a que elas pertencem. Entendemos que não é mais produtivo apenas realizar pesquisas sobre crianças, mas sim que as pesquisas sejam realizadas com as crianças, procurando incentivá-las a falar e opinar como sujeitos ativos no processo. (p. 294).

Delgado e Müller (2005) apontam a necessidade de intensificar a interdisciplinaridade nos estudos da infância e destacam as contribuições de trabalhos no campo da socialização, que reconhecem as crianças como atores capazes de criar e modificar culturas, embora inseridas no mundo adulto. Segundo as autoras (2005, p. 353), “Se as crianças interagem no mundo adulto porque negociam, compartilham e criam culturas, necessitamos pensar em metodologias que realmente tenham como foco suas vozes, olhares, experiências e pontos de vista”. Daí decorrem novos desafios metodológicos, como alertam Azevedo e Betti (2014), pois é preciso pensar novas formas de gerar, interpretar e apresentar os dados de pesquisa. É preciso pensar também em como inserir as crianças nas pesquisas, como considerar suas opiniões e preferências, e, ainda, como propor diversas formas de participação e expressão a elas.

Se as crianças não são iguais, se se comportam e se expressam de maneiras peculiares, existe a necessidade de buscar várias formas de “ouvir”, pois há crianças falantes, outras mais tímidas, e aquelas que gostam de manifestar seus sentimentos e opiniões de modo não verbal. Portanto, seria negligência usar apenas métodos tradicionais, sem refletir criticamente se eles seriam adequados e suficientes para que as crianças pudessem se expressar. (AZEVEDO; BETTI, 2014, p. 302).

Cada vez mais, vêm sendo elaboradas pesquisas que buscam compreender as crianças como crianças, reconhecendo que cada uma tem sua própria identidade, estabelecida na interação com seus pares, sua família e interagindo com diversas forças. O fazer musical das crianças, como apontou Burnard (2006), está conectado às práticas musicais a que elas têm acesso, interconectando os “mundos musicais” pelos quais elas circulam. Contrariando as perspectivas de pesquisa adultocêntricas, vêm sendo envidados esforços para compreender os pontos de vista das crianças e suas experiências, entendendo-as como agentes da sua aprendizagem (BEINEKE, 2009). Assim, as reflexões sobre as próprias experiências e a busca por espaços compartilhados de fazer/pensar música surgem como alternativas para um ensino comprometido com os significados construídos individual e coletivamente pelas crianças.

Beineke (2009, 2011) observa uma preocupação progressiva com perspectivas educacionais que procuram ouvir as crianças, valorizando seus conhecimentos e maneiras de fazer e significar suas experiências musicais dentro e fora da escola. Pesquisas em educação musical que consideram as perspectivas e significados das atividades segundo as próprias crianças (BARRET, 2001; BRITO, 2007; BURNARD, 2000, 2006; CAMPBELL, 2006; GLOVER, 2000; MARSH, 2008) têm demonstrado que suas práticas musicais precisam ser compreendidas segundo seus próprios parâmetros, que muitas vezes não correspondem aos critérios dos adultos. Esses parâmetros decorrem do mundo social e cultural vivido e internalizado pela criança, compreendida como um sujeito que pensa e constrói.

Brito (2007) avança nessa direção propondo o conceito de ideias de música das crianças, que distingue seus modos singulares de fazer e pensar música. A autora busca compreender o fazer/pensar musical das crianças como processos emergentes e singulares, não cartesianos de desenvolvimento. Segundo Brito (2007), os educadores musicais devem reconhecer que a música é um sistema aberto e dinâmico elaborado e reelaborado continuamente pelas crianças para que possam reconhecer e respeitar a produção musical infantil. Ao mesmo tempo, Brito (2007, p. 78-79) argumenta que aproximar as crianças de proposições estéticas do universo adulto também é uma maneira de contribuir para o redimensionamento das suas ideias de música e de considerar as suas produções musicais.

A capacidade criativa das crianças, sua imaginação, seus modos particulares de compreender, significar e viver a música nos fascina e desafia enquanto professores e pesquisadores. Novos modos de fazer ciência se descortinam à medida que interagimos, aprendemos e compartilhamos experiências com as crianças.

Neste Dossiê apresentamos nove artigos que contemplam desde a educação musical de bebês, crianças e educadores da educação infantil, até crianças de 12 anos de idade. Dois consistem em traduções de artigos de personalidades internacionais no campo da pesquisa em educação musical, da França e da Itália. Os outros sete apresentam significativas contribuições inéditas de pesquisadoras brasileiras e de uma pesquisadora peruana.

Os artigos apontam avanços em várias direções, consolidando alguns percursos de pesquisa e também abrindo novos caminhos e olhares teórico-metodológicos. As temáticas colorem um leque de modos de pensar a educação musical de, com e para crianças: os processos de composição e criação musical, o ensino de canções na educação infantil, os jogos de criação na aprendizagem de piano, a motivação para aprender violão, as concepções de ensino-aprendizagem entre crianças Guarani Mbya, a formação do senso de eu musical de bebês, as rodas poéticas e a documentação pedagógica na educação infantil, os processos de musicalização de crianças surdas, as interfaces da educação musical com a musicoterapia e a interação reflexiva de crianças em plataformas digitais para desenvolver a criatividade.

François Delalande, em artigo traduzido do original em francês por Tamya Moreira, nos convida a pensar a música na infância, analisando os processos criativos que perpassam a elaboração de composições. No centro desse processo estão as ideias musicais. Mas em que consistem essas ideias? Como suas definições se transformam ao longo da história e como se conectam às explorações e invenções sonoras das crianças? Como os educadores podem conduzir as pesquisas sonoras das crianças para que suas invenções progridam? Conectando música e jogo, em perspectiva piagetiana, somos levados a acompanhar as mudanças nas maneiras como as crianças compõem suas músicas, à medida que vão crescendo.

Noutra perspectiva, crianças Guarani Mbya são colaboradoras da pesquisa etnomusicológica desenvolvida por Daisy Fragoso. No trabalho de campo, as crianças ensinavam suas canções à pesquisadora, que foi desafiada a repensar suas ideias sobre ensino e aprendizagem. O texto compartilha suas vivências na pesquisa, provocando reflexões sobre as concepções de ensino-aprendizagem das crianças, reveladas à medida que se compreende como os Guarani concebem a infância, e a aprendizagem está ligada à necessidade de fazer, de experimentar e de viver para aprender.

Com base em estudos da infância, Sandra Mara da Cunha reflete sobre a participação de crianças em processos criativos desencadeados na iniciação ao estudo de piano. Em escola de iniciação artística que valoriza a cultura participativa das crianças, elas protagonizam suas aprendizagens musicais, capturadas por sonoridades, temas e ideias que são organizadas como em um jogo de quebra-cabeças, dando forma a composições que revelam seus pensamentos, concepções artísticas, visões de mundo e de vida. Nesse contexto, como podemos acolher suas experiências estéticas e orientá-las, sem desconsiderar outras visões estéticas e de mundo? Negociando sentidos em abordagens criativas na aprendizagem do instrumento, a autora busca trabalhar em profunda sintonia com as crianças e seus modos de ser.

Dulcimarta Lemos Lino e Sandra Regina Simonis Richter nos apresentam aos Libretos de Criação, narrativas pedagógicas que documentam o movimento de saberes inscritos no processo de criação e escuta de brincadeiras sonoras entre crianças e adultos-pesquisadores que se constituem professores da educação infantil. Nas Rodas Poéticas, projeto que acontece em ateliê na Universidade, as interações lúdicas entre adultos e crianças buscam aproximar música, artes plásticas e literatura. Nesses encontros, a música emerge na ação de explorar sonoridades e silêncios, o acaso e a convivência, em práticas criativas vividas enquanto molas de ação poética infantil. Construindo suas narrativas no processo de documentação pedagógica, as biografias profissionais e pessoais dos docentes entram em movimento, abrindo possibilidades de repensar o currículo e a educação musical.

As interações sociais que medeiam o ensino de canções infantis para turmas de crianças de três, quatro e cinco anos em escola pública do Peru mobilizam as análises do artigo de Luzmila Mendivil Trelles de Peña. Assumindo a pedagogia crítica como ponto de partida para o estudo, a autora discute as canções infantis enquanto discursos ideológicos, transmitidos e consumidos pelas pessoas na sociedade, e que se projetam como forma de entender a realidade. O estudo desvela as funções que as canções podem assumir enquanto discursos sociais que produzem efeitos perversos como mecanismo de controle simbólico nos contextos observados, perdendo seu valor enquanto expressões culturais e estéticas. O trabalho reivindica o direito a uma educação inicial emancipadora, que contribua para a constituição de cidadãos livres e responsáveis identificados com sua história e sua cultura.

Ver, sentir e tocar música são os processos que conduzem a musicalização de crianças surdas no artigo de Regina Finck Schambeck. A pesquisa, realizada a partir de uma pesquisa-ação, analisa uma prática pedagógica fundamentada em princípios educativos que consideram os processos cognitivos diferenciados de alunos surdos e a necessidade de adaptação de materiais didáticos para as aulas. O planejamento de atividades é descrito no texto, e as sugestões de atividades remetem aos estímulos acústicos, vibratórios, táteis, emocionais e sociais, enfatizados quando a música é vista, ouvida/sentida e tocada. Também é argumentada a necessidade de serem previstas ações mais aprofundadas de formação inicial e de formação continuada em educação musical que qualifiquem os professores para atuar em contexto inclusivo.

Refletindo sobre a natureza das relações que o ser humano estabelece com a música, Leda de Albuquerque Maffioletti desenvolve um ensaio teórico que articula os conceitos de musicalidade comunicativa e de senso de eu musical, buscando compreender as relações intersubjetivas que caracterizam a emergência de um eu musical. A integração entre os conceitos é demonstrada na análise de uma interação mãe-bebê, que coloca em destaque, de um lado, o papel da experiência subjetiva organizadora do momento presente e o caráter intersubjetivo das experiências musicais vividas com o outro e, por outro lado, valoriza o espaço interativo eu com o outro criado pela música. Tais processos são entendidos como centrais para o desenvolvimento da musicalidade e da identidade musical das crianças, aspectos muito valorizados na educação musical.

A motivação de crianças entre 9 e 11 anos de idade para aprender violão é foco do artigo de Dayane Battisti e Rosane Cardoso de Araújo. A pesquisa foi desenvolvida no contexto do ensino instrumental coletivo, fundamentada nas crenças de autoeficácia. Os dados foram coletados através de visitas ao campo empírico e da aplicação de um questionário previamente elaborado com as crianças. As discussões incluem, entre outros, os motivos que levaram as crianças a aprenderem violão, suas opiniões sobre o repertório e sobre as aulas em grupo. As crianças também foram questionadas sobre como percebem suas capacidades de aprender uma música nova, de tocar com os colegas e de se apresentar diante de uma plateia. Finalizando, as autoras oferecem sugestões ao professor, que podem contribuir para a manutenção da motivação dos alunos e para o aumento de suas crenças de autoeficácia.

Fechando este Dossiê, o texto de Anna Rita Addessi e Luisa Bonfiglioli, traduzido por Rosane Cardoso de Araújo, apresenta o paradigma da “interação reflexiva”, desenvolvido e implementado a partir do uso de novas tecnologias para investigar a criatividade infantil no Projeto MIROR – Musical Interaction Relying On Reflexion (Interação Musical com base na Reflexão). Na interação com o sistema, foi observado que as crianças desenvolviam uma série de representações internas enquanto exploravam o teclado, permitindo às crianças que dessem voz e forma musical às suas emoções e à sua imaginação na construção conjunta de diálogos sonoros e criações motoras. Segundo as autoras, os sistemas musicais interativos-reflexivos estão na confluência entre a educação musical e a musicoterapia, representando um quadro teórico que pode fortalecer os traços teóricos e práticos comuns às duas áreas de experiência.

O conjunto de textos apresentado certamente contribui com a área de educação musical, trazendo os estudos com e sobre crianças ao centro. Os trabalhos apontam diferentes contextos socioculturais, visões de mundo e de pesquisa que podem nos orientar em campos teóricos e práticos. Podemos perceber que ainda há muito trabalho a ser feito e temos muito a aprender sobre as crianças e suas relações com a música. Esperamos que esta publicação seja desafiante a ponto de desencadear a continuidade e o desenvolvimento de propostas de pesquisa, ação e formação que busquem compreender, respeitar e valorizar os pontos de vista, as experiências e as culturas das crianças, reconhecendo-as enquanto protagonistas de suas aprendizagens.

Referências

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BARRET, Margareth S. Constructing a view of children’s meaning-making as notators: a case-study of a five-year-old’s descriptions and explanations of invented notations. Research Studies in Music Education, n. 16, p. 33-45, 2001.

BEINEKE, Viviane. Aprendizagem criativa na escola: um olhar para a perspectiva das crianças sobre suas práticas musicais. Revista da ABEM, Londrina, v. 19, n. 26, p. 92-104, jul./dez. 2011.

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BRITO, Maria Teresa Alencar de. Por uma educação musical do pensamento: novas estratégias de comunicação. 2007. 288 f. Tese (Doutorado em Comunicação e Semiótica) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007.

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CAMPBELL, Patrícia Shehan. Global practices. In: MCPHERSON, Gary (Ed.). The child as musician: a handbook of musical development. Oxford: Oxford University Press, 2006. p. 415-437.

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GLOVER, Joanna. Children composing 4-14. London: Routledge Falmer, 2000.

JAVEAU, Claude. Criança, infância(s), crianças: que objetivo dar a uma ciência social da infância? Educação & Sociedade, Campinas, v. 26, n. 91, p. 379-389, maio/ago. 2005.

MARSH, Kathryn. The musical playground: global tradition and change in children’s songs and games. Oxford: Oxford University Press, 2008.

QUEIROZ, Luiz Ricardo Silva. Educação musical e etnomusicologia: caminhos, fronteiras e diálogos. Opus, Goiânia, v. 16, n. 2, p. 113-130, dez. 2010.

Autor notes

* Professora do Programa de Pós-Graduação em Música e do curso de Licenciatura em Música da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Brasil. Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Música da UDESC. Doutora em Música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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